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Temos como prioridade executar ações voltadas para recuperação da área impactada pelo rompimento da Barragem B1, em Brumadinho.
É dever e prioridade da Vale executar ações voltadas para a recuperação ambiental de toda a área impactada pelo rompimento da Barragem B1, em Brumadinho.
Nesta página você confere todas as iniciativas de reparação ambiental realizadas pela Vale.
A recuperação ambiental está dividida em cinco frentes:
Escolha o tema de seu interesse ou navegue pela página e confira o conteúdo na íntegra.
Monitoramento da qualidade da água do Rio Paraopeba
Desde janeiro de 2019, a Vale vem realizando os trabalhos de monitoramento da qualidade da água na bacia do rio Paraopeba, seus afluentes, assim como trechos do rio São Francisco, apesar desses últimos não terem sido afetados pelo rompimento da Barragem B1.
Além do acompanhamento mensal realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a qualidade das águas do rio Paraopeba e de seus afluentes é monitorada pela Vale, respeitando o compromisso assumido junto aos órgãos públicos responsáveis. Todo esse trabalho é acompanhado por uma auditoria técnica e ambiental independente, indicada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Os dados obtidos pelos trabalhos de monitoramento são periodicamente entregues aos órgãos fiscalizadores e ao Ministério Público de Minas Gerais.
Para você entender melhor todas as informações dessa página, produzimos um glossário. Clique aqui.
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Conheça aqui todos os pontos de monitoramento que existem hoje
Como é feito o monitoramento?
Os trabalhos realizados são validados e acompanhados por órgãos fiscalizadores e por instituições de ensino nacionais e internacionais: Coppe-UFRJ, UFMG, UFLA, IFTM,UNESP, Universidade de Illinois (EUA) e Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro (Portugal).
A partir dos resultados, o que podemos afirmar?
- Os rejeitos ficaram retidos na Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, em Pompéu (MG), não atingindo o rio São Francisco;
- Não houve contaminação nas águas do reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, conforme demonstrado nos estudos dos órgãos ambientais;
- Os desvios dos metais traços reduziram progressivamente durante os períodos secos;
- Testes estatísticos apontam tendência significativa de melhora da qualidade das águas relacionada ao manganês total, no período de estiagem.
Concentração de metais
Desde janeiro de 2019, uma lista completa de metais está sendo analisada em amostras de água e sedimentos do rio Paraopeba, de afluentes principais e também em pontos dos reservatórios das Usinas Hidrelétricas de Retiro Baixo e de Três Marias.
A presença dos metais na água também pode estar associada à dissolução de composto do solo, e os teores desses metais estão diretamente relacionados à composição geológica dos locais de inserção dos corpos hídricos ou lançamento de efluentes industriais e de outras atividades antrópicas.
Como interpretar os mapas
Para verificação da condição de qualidade dos trechos do rio Paraopeba é feita uma comparação do resultado máximo mensal de cada parâmetro com os máximos dos períodos sazonais obtidos antes do rompimento pelo monitoramento do Igam.
O resultado dessa comparação com o período pré-rompimento (chamado de baseline) é graficamente representado por cores, variando do melhor resultado (azul) até o pior (vermelho), da seguinte forma:
Metal concentration
Since January 2019, a complete list of metals has been analyzed in water and sediment samples from the Paraopeba River, main tributaries and also in points in the reservoirs of the Retiro Baixo and Três Marias Hydroelectric Power Plants.
The presence of metals in water can also be associated with the dissolution of compost from the soil, and the contents of these metals are directly related to the geological composition of the places where water bodies are inserted or discharge of industrial effluents and other human activities.
How to interpret maps
To verify the quality condition of the Paraopeba river stretches, a comparison is made of the monthly maximum result of each parameter with the maximum of the seasonal periods obtained before the disruption by Igam monitoring.
The result of this comparison with the pre-disruption period (called baseline) is graphically represented by colors, ranging from the best result (blue) to the worst (red), as follows:
Ferro dissolvido
Manganês Total
A bacia do rio Paraopeba atravessa a região conhecida como Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, sendo comuns os registros de concentrações naturalmente elevadas de ferro e manganês nas águas, inclusive superiores aos padrões de qualidade, mesmo na série histórica de dados do Igam antes do rompimento.
No monitoramento realizado pela Vale, foram identificados resultados significativos desses metais em trechos mais impactados pelo aporte de rejeito, com atenuação à medida que nos distanciamos da região de confluência do ribeirão Ferro-Carvão com o rio Paraopeba. Os teores de manganês e ferro, na forma total, apresentam elevação na época de chuvas e redução na estiagem, e a condição atual indica que a qualidade da água está em fase de transição, com uma progressiva redução das concentrações.
Dissolved iron
Total manganese
In the monitoring carried out by Vale, significant results of these metals were identified in stretches more impacted by the input of tailings, with attenuation as we move away from the region where the Ferro-Carvão stream meets the Paraopeba river. The contents of manganese and iron, in total form, show an increase in the rainy season and a reduction in the dry season, and the current condition indicates that the water quality is in a transition phase, with a progressive reduction in concentrations.
Alumínio dissolvido
A análise do metal alumínio tem apresentado níveis de concentração significativos, que podem estar associados ao rejeito. Entretanto, especificamente no trecho do rio Paraopeba após o município de Maravilhas, observa-se que fatores geológicos naturais influenciam na elevação da concentração desse elemento.
Dissolved aluminum
The analysis of aluminum metal has shown significant concentration levels, which may be associated with the tailings. However, specifically in the stretch of the Paraopeba River after the municipality of Maravilhas, it is observed that natural geological factors influence the increase in the concentration of this element.
Metais traço
Trace metals
However, for these elements, which are also present in the tailings, the data analyzed currently show that the levels in the Paraopeba River are similar or even lower than those recorded in public databases for the pre-rupture period.
Turbidez
A turbidez é um parâmetro básico de avaliação da qualidade da água, facilmente influenciado pelas chuvas e que está relacionado à transparência e à quantidade das partículas em suspensão
A presença de materiais sólidos em suspensão como argila, matérias orgânicas e inorgânicas, organismos microscópicos e algas causam a turbidez da água.
As origens desses materiais podem ser diversas:
- Sedimentos de fundo do rio;
- Solos das margens e de áreas com supressão de vegetação;
- Mineração;
- Retirada de areia ou a exploração de argila;
- Resíduos indústriais;
- Esgoto doméstico.
Turbidity
Turbidity is a basic parameter for assessing water quality, easily influenced by rainfall and related to the transparency and quantity of suspended particles
The presence of suspended solid materials such as clay, organic and inorganic matter, microscopic organisms and algae cause water turbidity.
The origins of these materials can be diverse:
- River bottom sediments;
- Soils on the banks and in areas with suppression of vegetation;
- Mining;
- Sand removal or clay exploration;
- Industrial waste;
- Domestic sewage.
Entenda a diferença de comportamento da água no período chuvoso x estiagem
Os aspectos climáticos apresentam influência relevante na qualidade da água. Em períodos chuvosos, a água tende a ficar mais turva, principalmente em função do carreamento dos materiais das margens e da ressuspensão dos sedimentos do fundo do rio. Já em períodos de seca (estiagem), os rios apresentam vazão reduzida, baixa velocidade de escoamento e menor ressuspensão dos sedimentos, resultando em melhora das medidas de alguns parâmetros.
Sobre o rio Paraopeba, podemos afirmar que, nos períodos de seca, a qualidade da água se aproxima das condições anteriores ao rompimento.
A análise conjunta dos parâmetros ferro dissolvido, manganês total e turbidez, em geral, mostra que há uma redução da concentração máximas destes parâmetros, indicando a recuperação próxima às condições de um rio classe 2.
No período chuvoso a qualidade da água piora, assim como já acontecia no passado. O aumento na concentração de alguns desses parâmetros como alumínio, ferro, manganês e turbidez pode estar relacionado à suspensão do material depositado no fundo do rio e às novas contribuições provocadas por materiais naturais do solo na região, ou por conta de outras atividades historicamente realizadas na região.
A avaliação da qualidade da água do rio Paraopeba e seus tributários segue apresentando resultados que indicam a redução de diversos parâmetros físico-químicos, independentemente da influência de fatores climáticos.
Entenda a diferença de comportamento da água no período chuvoso x estiagem
Os aspectos climáticos apresentam influência relevante na qualidade da água. Em períodos chuvosos, a água tende a ficar mais turva, principalmente em função do carreamento dos materiais das margens e da ressuspensão dos sedimentos do fundo do rio. Já em períodos de seca (estiagem), os rios apresentam vazão reduzida, baixa velocidade de escoamento e menor ressuspensão dos sedimentos, resultando em melhora das medidas de alguns parâmetros.
Sobre o rio Paraopeba, podemos afirmar que, nos períodos de seca, a qualidade da água se aproxima das condições anteriores ao rompimento.
A análise conjunta dos parâmetros ferro dissolvido, manganês total e turbidez, em geral, mostra que há uma redução da concentração máximas destes parâmetros, indicando a recuperação próxima às condições de um rio classe 2.
During the rainy season, the water quality worsens, as has happened in the past. The increase in the concentration of some of these parameters such as aluminum, iron, manganese and turbidity may be related to the suspension of the material deposited on the riverbed and the new contributions caused by natural soil materials in the region, or due to other activities historically carried out in the region.
The evaluation of the water quality of the Paraopeba River and its tributaries continues to show results that indicate the reduction of several physicochemical parameters, regardless of the influence of climatic factors.
Monitoramento em números
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Cerca de 80 pontos de monitoramento.
15 estações telemétricas instaladas para monitoramento contínuo.
Mais de 6,2 milhões de resultados de água e sedimentos.
Quase de 69 mil amostras coletadas.
Fotógrafo: Ricardo Teles
Monitoramento do Rio Paraopeba pelo IGAM
A Vale firmou o Termo de Compromisso (TC) com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), que estabelece a transferência de todas as ações de monitoramento de recursos hídricos e sedimentos ao longo da Bacia do Rio Paraopeba e no rio São Francisco para o Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam). Para absorver os dados de monitoramento após o rompimento, a Vale está desenvolvendo junto com o IGAM um software de monitoramento de Águas para todo o Estado de Minas Gerais. A Vale arca com a contratação de auditoria técnica e independente, que é responsável por supervisionar todo o processo de transferência, previsto para durar 33 meses após a assinatura do Acordo Global.
O Igam reforça que ainda se mantêm a recomendação de não utilização da água bruta do rio Paraopeba para qualquer fim, como medida preventiva, no trecho que abrange os municípios de Brumadinho até o limite da UHE de Retiro Baixo, em Pompéu (aproximadamente 250 km de distância do rompimento). O uso da água nos trechos que estão antes do município de Brumadinho (antes do trecho afetado pelo rompimento) e depois da UHE de Retiro Baixo, estão liberados para os mais diversos fins e não existe nenhuma restrição pelos órgãos públicos.
O acompanhamento da qualidade das águas é fundamental para dar subsídio ao órgão e, no futuro, permitir a retomada do uso. Essa é uma decisão que não depende da Vale, e para dar subsídio à avaliação da condição de qualidade das águas, os resultados do monitoramento são enviados periodicamente aos órgãos fiscalizadores do Estado.
Relatório de Fechamento de Ciclo: entenda para que serve e o que é feito com ele
O Relatório de Fechamento de Ciclo contempla a avaliação dos dados de monitoramento no âmbito dos Planos de Monitoramento.
Ele apresenta o comportamento dos resultados de monitoramento de águas superficiais e sedimentos na bacia do rio Paraopeba até o reservatório de Três Marias, nos distintos períodos sazonais.
O documento tem o objetivo de apresentar uma avaliação da condição de qualidade das águas e sedimento, trazendo considerações em relação às variações ocorridas ao longo dos períodos de chuva e de estiagem dos ciclos hidrológicos, ao longo dos anos de monitoramento.
Fotógrafo: Arquivo Vale
Abastecimento de água
Após o rompimento da Barragem B1 em Brumadinho, o uso da água do rio Paraopeba foi interrompido e a Vale assumiu o compromisso, junto aos órgãos públicos competentes, de garantir o abastecimento de água de todos os munícipios impactados.
Nossas iniciativas são divididas em duas frentes, que atendem o abastecimento público e a população ribeirinha:
São as ações voltadas para consumo animal, irrigação agrícola e consumo humano.
Aquelas ações realizadas para garantir a segurança hídrica e que normalmente envolvem obras, a fim promover a melhoria e as adequações no abastecimento público. Consistem na perfuração e reativação de poços tubulares profundos, captações em mananciais superficiais e nas instalações de sistemas de tratamento de água.
Abastecimento público
O acesso à água em quantidade e qualidade suficientes é um direito humano. Por isso, estamos trabalhando com a implantação de diversas soluções para o fornecimento de água potável nos municípios que possuíam captação no rio Paraopeba.
Conheça as ações:
Adutora com cerca de 50 km de extensão que faz a captação no rio Pará, que não foi atingindo pelos sedimentos da barragem B1, para atendimento direto do município de Pará de Minas. A vazão da estrutura é de 284 l/s, mesmo volume que o município captava no rio Paraopeba antes do rompimento da barragem.
Assista ao vídeo para saber mais:
Fotógrafo: Arquivo Vale
204.060.040 L/dia para abastecimento público
Isso equivale ao abastecimento de uma cidade com:
1,3 milhões de Habitantes
*Dados de Dezembro de 2022, conforme vazões outorgadas
Abastecimento para população ribeirinha
Distribuição de água potável para aqueles que vivem às margens do rio Paraopeba. Essa água pode ser fornecida por poços perfurados ou reativados pela Vale (ações preventivas estruturantes) ou por meio de caminhão-pipa ou distribuição de água mineral (ações corretivas emergenciais).Irrigação
641.246.217 litros
Consumo animal
786.078.750 litros
Uso doméstico
657.667.483 litros
*Dados de Dezembro de 2022
Uso agropecuário
3.102.463.800 de litros
*Dados de Dezembro de 2022, conforme vazões outorgadas.
Fotógrafo: Arquivo Vale
- Brumadinho
- São Joaquim de Bicas
- Mário Campos
- Betim
- Esmeraldas
- Juatuba
- Florestal
- Pará de Minas
- São José da Varginha
- Pequi
- Fortuna de Minas
- Maravilhas
- Papagaios
- Paraopeba
- Curvelo
- Pompéu
Saiba mais
Ações preventivas estruturantes na Bacia do rio das Velhas
Embora não tenha sido impactado pelo rompimento da Barragem B1, o rio das Velhas está recebendo um investimento preventivo. Conheça algumas das ações
Segurança Hídrica
Além dos projetos executados pela Vale, a empresa está elaborando 5 (cinco) projetos básicos de obras de segurança hídrica, que serão entregues à concessionária de abastecimento de água para posterior licitação e contratação e visam garantir demanda correspondente a 15.000 L/s para abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte.Biodiversidade na bacia do rio Paraopeba
A recuperação do rio Paraopeba e de sua biodiversidade é um dos compromissos da Vale no trabalho de reparação. Por isso, desde o rompimento da barragem B1, em Brumadinho, medidas de curto, médio e longo prazos estão sendo realizadas.
Monitoramento
O monitoramento da biodiversidade é realizado de maneira permanente por empresas especializadas na área de meio ambiente, biólogos, auxiliares de campo e médicos veterinários, com a coordenação de professores universitários. Ao todo, são estudados 35 pontos para a biodiversidade aquática e 20 áreas para a biodiversidade terrestre, que contemplam regiões não afetadas, áreas afetadas em menor intensidade e áreas severamente afetadas pelos rejeitos.
Também são analisadas a fauna e a flora em algumas lagoas marginais e nos principais afluentes do rio Paraopeba.
Ao expandir o monitoramento para locais não afetados é possível avaliar as condições ambientais e o real impacto do rompimento sobre a biodiversidade.
É com base nessas análises constantes que compreendemos os impactos e podemos entender quais as melhores ações a serem tomadas em prol da flora e fauna locais.
Assista ao vídeo para saber como é feito o monitoramento:
Jovem morador de Brumadinho ajudou a coletar 782 kg de frutos e sementes de 100 espécies nativas para recuperar a biodiversidade na região.
José Fernandes, 19 anos, dedica a maior parte dos seus dias ao projeto Sementes, que está ajudando a reflorestar as áreas impactadas pelo rompimento da barragem BI
Fotógrafo: Arquivo Vale
Explore a área estudada
Biodiversidade Aquática
Atualmente, a área de estudo das comunidades aquáticas no rio Paraopeba vai desde a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Salto do Paraopeba, em Jeceaba, até depois da represa de Três Marias.Após estudos de especialistas de instituições governamentais, foram selecionados 35 pontos para o monitoramento aquático, em áreas afetadas e não afetadas.
No rio, monitoramos peixes, plantas, insetos aquáticos e organismos microscópicos vegetais e animais, conhecidos como plâncton.
O objetivo é avaliar se, após o rompimento, houveram alterações quanto à riqueza, abundância, diversidade, reprodução, alimentação, ocorrência de parasitas e demais interações da biota aquática.
Para que essas comparações sejam possíveis, esses mesmos parâmetros são avaliados em áreas afetadas e não afetadas pelo rejeito.
Peixes
Os peixes da bacia do Rio Paraopeba também são acompanhados durante a piracema, período em que se reproduzem, entre os meses de novembro e fevereiro. É comum que os cardumes nadem contra a correnteza para liberar os ovos e completar o ciclo reprodutivo. Durante esse processo, 22 pontos ao longo da calha do rio Paraopeba (montante e jusante do rompimento), afluente e lagoas marginais são monitorados a cada cinco dias para que seja possível compreender o comportamento de desovas e detectar possíveis alterações na reprodução dos peixes.
- Análises histopatológicas
São realizadas para avaliar possíveis enfermidades ou danos aos peixes em função da exposição ao rejeito do rompimento.
- Avaliação da helmintofauna
Examina a presença de parasitos como bioindicadores para o monitoramento do impacto ambiental.
- Bioacumulação de metais
Os animais passam por identificação, biometria e retirada do músculo e do fígado para verificar a presença de metais como alumínio, cobre, ferro, chumbo e zinco, entre outros. Verificamos se existem altas concentrações de determinada substância química nos organismos do nível mais elevado da cadeia alimentar.
- Toxicologia e genotixicidade em peixes e invertebrados aquáticos
Os estudos científicos analisam os efeitos de substâncias químicas sobre os organismos e sua capacidade em induzir alterações no material genético dos animais que foram expostos a ela.
- Ensaios ecotoxicológicos
Estuda os efeitos de um ou mais compostos químicos em uma população ou comunidade de organismos e funciona como ferramenta de monitoramento ambiental, baseado nas respostas de organismos-teste expostos ao químico.
Importante
Comunidades planctônicas
A equipe técnica também estuda as comunidades planctônicas (formadas por diferentes microrganismos), que possuem alguns bioindicadores importantes. Esses bioindicadores são sensíveis à poluição e nos ajudam a verificar se os parâmetros físicos, químicos e biológicos da água do rio estão adequados. As coletas desses microrganismos são realizadas com redes de plâncton e as análises são feitas em laboratório, através do uso de microscópio.
Biota aquática da bacia do córrego Ferro-Carvão
Como parte do monitoramento, acompanhamos a biota aquática, ou seja, o conjunto de seres vivos aquáticos, da bacia do córrego Ferro-Carvão. Para isso, estudamos diferentes grupos de animais, incluindo invertebrados aquáticos e peixes.
Para a coleta de amostras de peixes, foram definidos 10 pontos nos afluentes do córrego. Já para a coleta de invertebrados aquáticos, são amostrados três córregos da bacia do Ferro-Carvão e outros cursos d’água em bacias próximas com características hidrológicas semelhantes. Esse monitoramento busca avaliar a eventual perda de interação, também chamada de perda de conectividade da ictiofauna, entre as espécies existentes na bacia do Ferro-Carvão.
Biodiversidade terrestre
Nas áreas de mata da bacia do ribeirão Ferro-Carvão e entorno, e às margens do Rio Paraopeba, são realizados monitoramentos de vários grupos da fauna e da flora para avaliar a riqueza e a abundância em áreas afetadas e não afetadas. Destacam-se as seguintes atividades:Fauna
Flora
- Marcação e amostragem de parcelas botânicas para acompanhamento dos parâmetros fitossociológicos (ou seja, o estudo da comunidade de plantas, sua composição florística e estrutura da vegetação);
- Para avaliar se houve impacto à vegetação para além da área diretamente atingida pelo rejeito são feitas amostragens botânicas próximo à mancha de rejeito e, também, em áreas distantes para fins de comparação. Esses locais são acompanhados ao longo do tempo para verificar se a proximidade com o rejeito irá gerar algum impacto em longo prazo e, em caso positivo, quais as melhores medidas de mitigação.
Fotógrafo: Laura Sales
A reparação até agora
Uma população reprodutiva de mais de cem indivíduos da andorinha-de-coleira (Pygochelidon melanoleuca), ave considerada criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais, foi encontrada na bacia do rio Paraopeba, entre os municípios de Pompéu e Curvelo, e está sendo monitorada por equipe de biólogos e auxiliares coordenados por professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A espécie constrói seus ninhos em locais de difícil acesso, no interior de fendas localizadas nos afloramentos rochosos ao longo das corredeiras de rios. Após dois anos de monitoramento, o estudo já é o mais completo realizado com a espécie em todo o mundo.
Assista a um vídeo sobre a Andorinha-de-coleira e saiba mais.
O monitoramento da biodiversidade também confirmou a presença da espécie rara borboleta-ribeirinha (Parides burchellanus), em Brumadinho, próximo à área afetada pelo rompimento. Ela vive em populações extremamente pequenas, em áreas de dossel fechado de mata ciliar – às margens de rios e ribeirões – e está ameaçada de extinção em razão da destruição desses espaços. Mais de 100 indivíduos já foram identificados e, ao longo do tempo, espera-se uma recolonização por meio da dispersão de indivíduos provenientes das áreas adjacentes em monitoramento, para as áreas recuperadas.
Assista a um vídeo sobre a Borboleta ribeirinha e saiba mais.
Os animais silvestres – como aves, cobras, cágados, gambás, entre outros – encontrados nas áreas das obras emergenciais são capturados e avaliados clinicamente. As ações de resgate e salvamento são realizadas respeitando todos os protocolos e medidas de captura e contenção, de acordo com o grupo de fauna ao qual ele pertence (herpetofauna, ornitofauna ou mastofauna).
Todos os procedimentos tem como objetivo garantir o bem-estar e a segurança do animal, buscando sempre a melhor destinação para cada indivíduo. Se eles apresentam boas condições, são soltos imediatamente no seu habitat natural. Caso necessitem de tratamento veterinário que exija algum período de internação, são encaminhados para instalações da Vale, onde são abrigados em recintos ambientados que respeitam as especificidades da sua biologia e ecologia.
Esses animais contam com o acompanhamento de especialistas que realizam diversos procedimentos: exames laboratoriais, alimentação balanceada para auxiliar na recuperação física e comportamental, onde são realizados testes e treinamentos para o desenvolvimento de capacidades e habilidades de sobrevivência em ambiente natural, antes da sua reintrodução na natureza.
Os animais que não possuem capacidade de reabilitação ou soltura são encaminhados para uma instituição que seja capaz de manter o seu bem-estar físico e psicológico durante toda a sua vida em cativeiro, como criadouro, mantenedouro ou jardim zoológico. Todas essas ações estão em conformidade com as normas ambientais vigentes e são autorizadas pelo órgão ambiental.
Monitoramento da Flora
Para avaliar se houve impacto à vegetação para além da área diretamente atingida pelo rejeito, são feitos estudos de flora botânicos que monitoram, entre outras coisas, as possíveis modificações na estrutura da vegetação e na diversidade de espécies.São monitorados indivíduos de espécies pertencentes aos diversos estratos da floresta, como árvores, arbustos, ervas, epífitas e lianas. Após a marcação e as mostras coletadas para identificação botânica, integram um banco de dados para as análises florísticas e fitossociológicas.
O acompanhamento é realizado ao longo do tempo para verificar se a proximidade com o rejeito irá gerar impacto em longo prazo e, em caso positivo, levantar as melhores medidas de mitigação.
Recuperação de espécies vegetais
A vegetação impactada está recebendo uma contribuição tecnológica para sua recuperação. Uma parceria entre a Vale e os pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) vem aplicando, desde 2021, uma técnica capaz de resgatar o DNA e criar cópias das plantas da região para auxiliar na restauração florestal da área.
Árvores que em condições normais poderiam levar mais de oito anos para florescer podem iniciar esse processo entre seis e doze meses, o que contribui para antecipar o retorno da biodiversidade da região. O projeto inicial contou com a coleta de materiais genéticos de cinco espécies pré-selecionadas, incluindo espécies ameaçadas de extinção e protegidas por lei, como é o caso do ipê amarelo (Handroanthus albus).
A segunda etapa do trabalho aumenta para mais de trinta o número de espécies, considerando a mesma premissa de proteção daquelas que são de grande interesse, como o Faveiro de Wilson (Dimorphandra wilsonii Rizzini), considerada criticamente ameaçada de extinção e endêmica do estado de Minas Gerais.
Revegetação – Projeto Marco Zero
Em dezembro de 2020, a Vale finalizou a primeira etapa do projeto Marco Zero, que envolveu trabalhos de restauração florestal como: coleta de sementes, produção de mudas, aclimatação e plantio nas áreas a serem recuperadas na foz do ribeirão Ferro-Carvão. Outras técnicas de restauração ecológica utilizadas foram a nucleação (que forma microhabitats propícios para atrair espécies e acelerar o processo de sucessão e diversidade local), por meio da instalação de poleiros artificiais e a transposição de solo; que também contribuirão para o processo de recuperação no médio prazo. Ao final dos trabalhos de recuperação, a área do Marco Zero contará com cerca de 4.000 mudas de espécies arbóreas nativas da região.
• Instituto Estadual de Florestas – IEF
• Ministério Público de Minas Gerais – MPMG
• Instituto Mineiro de Gestão de Águas - IGAM
• Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM
• Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
• Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio
• Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
• Universidade Federal de Viçosa – UFV
• Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
• Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG
• Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF
• Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM
Para isso, seguimos empenhados na execução de ações de monitoramento da biodiversidade local, como água, solo e animais, além da realização de atividades voltadas para a revegetação das áreas impactadas.
Conheça nossas frentes de atuação:
Fotógrafo: Ricardo Teles
Abastecimento de água
Após o rompimento da Barragem B1, em Brumadinho, o uso da água do rio Paraopeba foi interrompido e a Vale assumiu o compromisso, junto aos órgãos públicos competentes, de garantir o abastecimento de água de todos os munícipios impactados.
Até agora, a Vale disponibilizou uma vazão de:
204.060.040
Volume de água mineral fornecido às comunidades
19.306.838
Volume de água disponibilizado por poços perfurados
2.384.773.800
Em um total de:
3.586.476.649
Fotógrafo: Arquivo Vale
Conheça as ações que estão sendo realizadas
Quer mais informações sobre o calendário de abastecimento público via caminhões-pipa?
Os dados obtidos pelos trabalhos de monitoramento são periodicamente entregues aos órgãos fiscalizadores e ao Ministério Público de Minas Gerais.
Fotógrafo: xxxxx
Fotógrafo: Ricardo Teles
Qualidade da água do rio Paraopeba
A recuperação do rio Paraopeba é um dos principais compromissos do nosso trabalho de reparação ambiental.
Quais os resultados obtidos até hoje?
- Desde maio de 2019, o Rio Paraopeba não recebe carreamento de rejeitos;
- Os rejeitos não atingiram o rio São Francisco. Os impactos na qualidade da água foram identificados até o limite com a Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, em Pompéu (MG);
- Não foram detectados impactos nas águas do reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, conforme demonstrado nos estudos dos órgãos ambientais;
- Os níveis de Turbidez e dos metais totais, Manganês, Ferro e Alumínio, estão reduzindo progressivamente durante o período seco, e testes estatísticos de tendência comprovam essa melhora da qualidade das águas das regiões mais impactadas.
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