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Funcionária da Vale sorrindo em paisagem verde. Ela veste uniforme verde
da vale, oculos, capacete e protetores auriculares Artefato visual de onda Vale
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Fazer a gestão sustentável de um empreendimento de mineração envolve uma visão integrada e de longo prazo em todas as etapas do ciclo de vida de uma mina, para minimizar riscos e mitigar impactos, garantindo a estabilidade física, química e biológica do território, de forma a promover a reintegração junto às comunidades. 

Assim, o fechamento de mina e a sua respectiva provisão são estruturados concomitantemente à operação, permeando todos os processos associados à atividade minerária (pesquisa e prospecção, implantação, operação e fechamento), e não se limitando apenas ao encerramento das atividades.  

Todas as nossas operações possuem planos de fechamento de mina que atendem às boas práticas preconizadas pelo Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês) e a legislação minerária vigente no Brasil. 

As ações de reintegração do ambiente ao seu hábitat natural, incluindo as obras de descomissionamento e descaracterização de ativos, entre outras, se somam aos projetos de uso futuro desses territórios. Esses projetos objetivam também o desenvolvimento territorial e todas as ações de fechamento de mina e a reabilitação progressiva das unidades são monitoradas pela Vale. 

O uso futuro visa ressignificar os espaços pós-mineração, alinhando as vocações territoriais, as aptidões socioeconômicas e o aproveitamento sustentável dos recursos existentes, com a criação e geração de valor compartilhado entre a empresa e a sociedade.  

Em resumo, nossos objetivos no fechamento de uma mina e uso futuro são:  

  • Estabelecer estratégias que promovam o fechamento progressivo e, como consequência, a mitigação dos riscos, atender às boas práticas nacionais e internacionais de fechamento de mina, devolvendo um território estabilizado para outros usos e potencializando o desenvolvimento territorial. 

  • Identificar os cenários de uso futuro, compatíveis com as vocações ambientais e socioeconômicas das áreas, buscando minimizar as interferências negativas e potencializar as positivas. 

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Etapas do ciclo de vida de uma mina

Nossa gestão  

Nosso compromisso de contribuir ao lado da sociedade e do poder público para o uso futuro dos territórios dos nossos empreendimentos está alinhado à nossa estratégia de negócio, aos compromissos e propósitos, à nossa política corporativa de sustentabilidade e à governança da empresa em relação ao tema. Ela foi reafirmada em 2022, com a criação da Gerência de Uso Futuro Brasil na Vice-Presidência de Sustentabilidade. Também em 2023, com a unificação dos processos de fechamento de mina de primeira e segunda linha de defesa em uma única gerência, denominada Planejamento Minerário e Fechamento de Mina, ligada na Vice-Presidência Técnica. 

Temos o comprometimento com as diretrizes nacionais e internacionais referentes ao tema, atuando no planejamento do fechamento de mina junto às operações, a fim de identificar prioridades e sinergias para o encerramento e ou continuidade da lavra. A Provisão para Descomissionamento de Ativos estabelece critérios técnicos da provisão financeira para todos os ativos que possuem vida útil tangível de longo prazo.  

Em 2022, a Vale desembolsou USD 101 milhões em atividades de fechamento definitivo e progressivo de ativos minerários. Contamos com uma provisão de USD 3,5 bilhões para execução de atividades de fechamento futuras. A estimativa de custo de todas as estruturas é revisada anualmente, visando refletir o cenário atual do ativo.  

USD

101 milhões

investidos em 2022 nas atividades de fechamento definitivo e progressivo 
USD

3,5 bilhões  

em provisões para atividades de fechamento futuras 

O termo descomissionamento vem sendo empregado para designar o processo do ciclo de vida da estrutura que está relacionado ao encerramento das atividades, com o objetivo de se promover a estabilidade física, química e biológica. Ele pode ser total (desativação ou descaracterização da estrutura) ou progressivo (fechamento parcial de um ativo durante sua vida útil). 

Anualmente, a Vale elabora e revisa uma estimativa de custo para o descomissionamento de seus ativos (cavas, pilhas, barragens, instalações industriais etc.). Os recursos são aplicados nas ações para mitigar os impactos geotécnicos e ambientais e recuperar áreas degradadas ao fim da vida útil, de modo a destiná-las a outros usos.  

Seguimos a metodologia Obrigação de Descomissionamento de Ativos (ARO, na sigla em inglês), com divulgação nos relatórios contábeis, que atende aos requisitos definidos pela International Accounting Standard (IAS) 37. Como signatária da Bolsa de Nova York, a Vale também está sujeita à regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) e à Lei Sarbanes-Oxley (SOX). Esses regulamentos exigem que sejam mantidos altos padrões de transparência, responsabilidade financeira e controles internos rigorosos em nossas operações financeiras e relatórios. 

Engajamento Social 

O modelo de Atuação Social da Vale, que inclui a atuação para as questões relacionadas a Fechamento de Mina, efetiva-se por meio da gestão de riscos e impactos sobre as comunidades e pela promoção de legado social positivo.  

No que tange o engajamento com as partes interessadas para Fechamento de Mina e Uso Futuro, as discussões são incorporadas em todas as etapas do ciclo de vida do empreendimento. Nesse sentido, na elaboração do plano de engajamento para o Fechamento, são englobado todo o histórico de relacionamento e engajamento das partes interessadas ao longo das etapas anteriores do SLOM (Sustainable Life Of Mining). 

 

Neste contexto para viabilizar a execução dos processos de engajamento durante a fase de Fechamento de Mina, a Vale define diretrizes que permeiam desde a garantia dos direcionadores estratégicos do negócio para o Fechamento e Uso Futuro considerando as partes interessadas internas na definição da visão e princípios de Fechamento e Uso Futuro para até o envolvimento das partes interessadas sejam para a avaliação acerca das possibilidades de Uso Futuro, avaliação dos riscos socioterritoriais e na elaboração do Plano para Gestão dos Ativos/Estruturas conforme alternativas de Uso Futuro definidas.  

Apoio ao Desenvolvimento Territorial para Fechamento de Mina e Uso Futuro:     

O processo de apoio ao Desenvolvimento Territorial consiste em planejar, executar, monitorar e avaliar o impacto das ações/projetos estruturantes de investimento social, sejam elas voluntárias, mitigatórias ou obrigatórias. A melhoria contínua do processo busca o aprimoramento do uso de recursos, a alavancagem de resultados e a maximização dos impactos positivos da mineração, com estímulo à transformação local e à geração de valor compartilhado, conforme etapas da mineração sustentável (SLOM em inglês – Sustainable Life of Mine).  
 
O Desenvolvimento Territorial parte de algumas premissas tais como: (i) a leitura da realidade social do território com informações internas e externas, a partir de uma visão sistêmica e integrada, (ii) a construção de capacidade social dos stakeholders, (iii) a promoção de parcerias intersetoriais entre empresas (setor privado), poder público (governos) e sociedade civil, (iv) o fomento a diversificação econômica, a igualdade de oportunidade social, e (v) a preservação e recuperação ambiental, alinhados ao plano de negócios da empresa.  

Uso Futuro 

Nossa estratégia de uso futuro visa a ressignificação dos espaços pós-mineração, buscando criar valor compartilhado e benefícios ambientais, sociais e econômicos. Com um planejamento integrado e participação social, identificamos as potencialidades dos territórios para as comunidades locais.  

A abordagem se baseia em uma metodologia com quatro grandes pilares: Conhecer, Conceber, Viabilizar e Implantar. Destacamos o primeiro, Conhecer, no qual as aptidões dos territórios e todo o processo de escuta e engajamento que realizamos com os diferentes stakeholders são base para o desenvolvimento dos demais pilares. Importante destacar, ainda, que o nosso planejamento integra as ações de gestão e recuperação ambiental ao fomento à diversificação econômica. Isso envolve, por exemplo, apoio e parcerias para o ecoturismo, educação ambiental, novos empreendimentos e serviços, assegurando simultaneamente a preservação de todos os direitos humanos envolvidos. 

Esses quatro pilares são subdivididos em etapas que representam processos divergentes e convergentes, seguindo o modelo conhecido como Double Diamond (duplo diamante), com o objetivo de ampliar as oportunidades de uso futuro. Essa abordagem pode ser aplicada em diferentes ativos ou partes do território e pressupõe o conceito de Uso Futuro Progressivo, que significa que à medida que os ativos são encerrados gradualmente e as áreas são liberadas, pode-se implantar usos futuros específicos. 

Arquivo vale

Metodologia Projetos Uso Futuro

É exemplo dessa atuação a região da Mina de Águas Claras (MAC), localizada na região da Serra do Curral, no município de Nova Lima (MG), cuja operação foi encerrada em 2002 e adquirida pela Vale em 2006. A área passa por obras de fechamento de mina que visam estabilizações físicas e mitigação de riscos, além de desenvolvimento de estudos sobre as potencialidades e as restrições para uso futuro múltiplo. 

Iniciativas de Fechamento de mina e Uso Futuro

Nas operações da Vale, a cocriação para o cenário de uso futuro é apoiada por uma gestão de banco de dados integrados. Essa gestão permite, ao mesmo tempo, analisar e priorizar o encerramento progressivo dos ativos, com um planejamento integrado das operações, bem como identificar as aptidões dos territórios.  

Atuamos com um ciclo anual de planejamento e execução das ações de encerramento progressivo dos ativos e em estudos sobre as potencialidades desses territórios. Entre os projetos, destacam-se o da Mina Águas Claras (MAC), em Minas Gerais, e o de Minas de Igarapé Bahia, no Pará. 

Recuperação da biodiversidade

Veja como a Vale está restaurando o meio ambiente em regiões do entorno de Carajás com o uso de sementes coletadas de espécies nativas da Floresta Nacional de Carajás.
Foto de placeholder Photographer: Marcelo Rosa

Mina de Igarapé Bahia

Localizada na Província Mineral de Carajás, município de Parauapebas, no Pará, a Mina Igarapé Bahia é um exemplo do compromisso da Vale em conservar ambientes nativos e recuperar áreas mineradas. Suas atividades foram encerradas em 2022, depois de dez anos de operação.  

Parte das estruturas existentes serão aproveitadas em um novo projeto de operação de cobre no local. Cerca de 200 hectares estão em processo de fechamento e recuperação ambiental. A maior parte das sementes usadas na recuperação da área foi coletada de mais de 60 espécies nativas da região.

Projeto Uso Futuro MAC – Mina de Águas Claras

A Mina Águas Claras (MAC) está situada no município de Nova Lima, na Serra do Curral, região de importância histórica, cultural e social para o estado de Minas Gerais. Depois de 30 anos de operação pela Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), suas atividades foram encerradas em 2002. Em 2006, o empreendimento foi adquirido pela Vale e atualmente passa por obras de fechamento de mina e estabilização geotécnica, além de desenvolvimento de estudos sobre as potencialidades e restrições para uso futuro múltiplo, que vão transformá-lo em um legado sustentável.  

A localização da MAC é estratégica, com múltiplos interesses, para toda a região metropolitana.​ A realidade local é complexa, com pluralidade de atores e interesses: há presença de condomínios de alto padrão, aglomerados e bairros com forte intensidade comercial, além de zonas rurais e áreas de preservação ambiental com relevância hídrica.

Photographer: Marcelo Rosa

Em 2020, a Vale iniciou o Projeto MAC de Uso Futuro do empreendimento ao realizar uma pesquisa de percepção com 605 pessoas do grupo de stakeholders, incluindo a comunidade local. Identificamos potencialidades e restrições de ocupação futura, assim como as expectativas da sociedade com relação à área. 

 O resultado apontou a valorização do capital natural da região como protagonista do processo de uso futuro. Existe potencial de uso social nas áreas de ecoturismo, lazer, conservação e educação ambiental, empreendimentos imobiliários e serviços.  

Os próximos passos envolvem o detalhamento de cenários e a viabilização do uso futuro, dando sequência ao engajamento e à implantação das ações mapeadas. Já foram realizadas as seguintes atividades na unidade:

  • Estudo de percepção para construção dos cenários de uso futuro de forma participativa. 
  • Estudo de desenvolvimento local para a compreensão das dinâmicas socioeconômicas e culturais do território. 

Em 2023, por meio de edital, a Vale também convidou empresas de setores como entretenimento, lazer, esporte e cultura para desenvolverem ações de convivência comunitária na região. 

Photo: Vale's Archive

Manifesto Uso Futuro