Vale garante uso de gás natural para 100% de sua pelotização em 2024
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Vale garante uso de gás natural para 100% de sua pelotização em 2024
Com redução de emissões de 28%, Usina de São Luís, no Maranhão, consolida uso de combustível menos emissor na produção de pelotas
A Vale firmou contrato para viabilizar o fornecimento de gás natural para a Usina de Pelotização de São Luís, no Maranhão, a partir de 2024, consolidando assim o uso deste combustível em todas as suas plantas de pelotização. A iniciativa contribui para a meta de redução em 33% de suas emissões de carbono diretas e indiretas até 2030.
Além de São Luís, a empresa opera usinas de pelotização no Espírito Santo, em Minas Gerais e em Sohar (Omã). Com os contratos firmados com a Eneva, fornecedora de gás natural, e a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), distribuidora que levará o combustível até a usina, a planta de São Luís deixará de usar óleo combustível em seu forno, com uma redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) estimada, em função da troca, de até 28%.
Esta iniciativa representará, adicionalmente, uma redução de custos com combustíveis, considerando que o gás natural é mais barato do que o óleo combustível. Outro aspecto relevante é que a recente regulamentação implementada pela lei do gás, como parte do movimento de desverticalização do setor, possibilita que esta contratação seja realizada no âmbito do Mercado Livre. Esta ação, portanto, sinaliza aderência ao movimento nacional de abertura do mercado de gás natural, que preconiza um ambiente mais dinâmico e competitivo.
A contratação do gás natural também traz um viés social importante para o Maranhão. Isto porque ela integra o Programa Partilhar da Vale, que prevê investimentos sociais por parte da cadeia de fornecedores, criando uma rede integrada de compromisso com o desenvolvimento socioeconômico sustentável da região. A iniciativa está alinhada ao compromisso da empresa com a Agenda 2030, voltada às comunidades e à promoção do progresso social nas localidades onde atua.
“Este contrato é um marco muito importante para a Vale. Ele representa mais um grande passo na transição da matriz energética das nossas usinas de pelotização, dando consistência à agenda de carbono zero e viabilizando uma rede de distribuição inédita de gás, que, além de atender à Vale, poderá também se estender para outras indústrias da região,” afirmou Alexandre Pereira, vice-presidente executivo de Soluções Globais de Negócios da Vale. “Por fim, a relevância deste processo se dá, principalmente, pela contribuição para o desenvolvimento do Maranhão e nossas comunidades. Essas frentes estão totalmente alinhadas ao nosso propósito de melhorar a vida e transformar o futuro. Juntos.”
A distribuidora Gasmar implantará uma rede de distribuição de gás natural inédita no estado do Maranhão, interligando o porto do Itaqui à área da empresa, na região Itaqui-Bacanga. A nova rede pode criar condições para o uso de gás por outras indústrias e segmentos na região. A previsão é que o fornecimento seja iniciado em 2024.
O gás natural é um combustível mais limpo se comparado a outras fontes, como o óleo combustível. Possui menos contaminantes e produz uma combustão mais limpa, com menor quantidade de emissões de Gases de Efeito Estufa, sendo, por esta razão, considerado um combustível de transição no processo de descarbonização.
A redução das emissões da pelotização é um dos maiores desafios da Vale. Hoje, representa aproximadamente 30% das emissões de GEE da companhia, à frente da mineração e do transporte ferroviário. Além do uso do gás natural, a companhia busca desenvolver outras fontes alternativas. A Vale iniciou os testes, também na planta de São Luís, com o biocarbono na produção de pelotas. O biocarbono é um produto renovável, obtido através da carbonização de biomassa.
Para atingir a meta de redução de emissões diretas e indiretas (escopo 1 e 2), a Vale está investindo entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões, reforçando seu pacto com a sociedade e as melhores práticas de sustentabilidade mundial. A empresa também se comprometeu a cortar em 15% das emissões da sua cadeia de valor até 2035 e ser carbono zero até 2050.
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