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27/07/2023

Investidores

Resultados financeiros 2T23


“Continuamos realizando progressos substânciais na excelência operacional em todos os nossos negócios. Em Soluções de Minério de Ferro, estabelecemos um novo recorde de produção para um segundo semestre em S11D, juntamente com os sólidos desempenhos de Itabira e Vargem Grande. A licença da barragem Torto é um marco significativo, melhorando a qualidade geral do nosso portfólio. Nosso negócio de Metais para Transição Energética também apresentou um bom desempenho, com o ramp-up bem-sucedido de Salobo III e com a melhora do desempenho em Sossego. Hoje, o anúncio da formação de uma parceria estratégica com a Manara Minerals e Engine No.1 é outro importante marco na jornada de Metais para Transição Energética para acelerar o crescimento com alta agregação de valor e destravar o valor potencial de longo prazo para todos os nossos stakeholders. Além disso, cumprimos nosso compromisso e implementamos o GISTM para nossas estruturas de rejeitos priorizadas. Este é um marco importante da evolução de nossa gestão de barragens e da segurança das nossas operações e das comunidades no entorno. Continuaremos avançando com a incorporação das melhores práticas internacionais para que a Vale se torne uma empresa cada vez mais segura e sustentável”, comentou Eduardo Bartolomeo, CEO. 


 


 

Destaques

Resultados do negócio

• EBITDA ajustado proforma das operações continuadas de R$ 19,1 bilhões, ficando R$ 6,7 bilhões menor a/a, refletindo, principalmente, os menores preços realizados de finos de minério de ferro e níquel.

• Fluxo de Caixa Livre das Operações de US$ 0,8 bilhão no 2T23, representando uma conversão de EBITDA em caixa de 19%. 

• Nos segmentos de negócios: 

- O EBITDA de Soluções de Minério de Ferro foi R$ 19,4 bilhões no 2T23, R$ 5,9 bilhões inferior a/a, devido, principalmente por menores preços realizados (R$ 6,6 bilhões), impulsionados pelo preço médio de referência 20% mais baixo, parcialmente compensado por melhora no custo unitário e despesas, como resultado de queda no custo de frete e menores custos de aquisição de minério de terceiros. 

- O EBITDA de Níquel foi de R$ 1.186 milhões no 2T23, R$ 1.659 milhões inferior a/a, principalmente, devido a maiores custos de manutenção e maior consumo de feed de terceiros. 

- O EBITDA do negócio de Cobre foi de R$ 1.163 milhões no 2T23, R$ 1.047 milhões superior a/a, principalmente, devido a maior receita de subprodutos em Salobo, em função de maiores vendas de ouro, e maior diluição de custos fixos, devido à melhor performance operacional no Sossego. 

Alocação de capital disciplinada

• Investimentos de US$ 1,2 bilhão no 2T23, incluindo os investimentos de crescimento e manutenção, em linha a/a.
 
• Dívida bruta e arrendamentos de US$ 13,9 bilhões em 30 de junho de 2023, US$ 1,0 bilhão maior t/t, como resultado da emissão de US$ 1,5 bilhão de bonds e da oferta de aquisição de US$ 500 milhões no trimestre, como parte da gestão de passivos da Vale. 

• Dívida líquida expandida de US$ 14,7 bilhões em 30 de junho de 2023, US$ 0,3 bilhão maior t/t, impulsionada, principalmente, pelo US$ 1,4 bilhão do programa de recompra de ações no trimestre e de US$ 0,8 bilhão no Fluxo de Caixa Livre das Operações. A meta de alavancagem da Vale é de US$ 10-20 bilhões. 

Criação e distribuição de valor

• Desembolso no 2T, como parte do 3º programa de recompra no trimestre, foi de R$ 6,7 bilhões. No final do 2T, o 3º programa de recompra estava 64% concluído, com um desembolso de R$ 25,1 bilhões para a recompra de aproximadamente 320 milhões de ações

• Hoje, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 8,3 bilhões, em juros sobre capital próprio, a serem pagos em setembro. Esse montante é baseado nos resultados financeiros do primeiro semestre do ano, de acordo com a Política de Remuneração ao Acionista. 

Focando e fortalecendo o core

• Entregando Soluções de Minério de Ferro: 

- A barragem Torto, em Brucutu, obteve sua Licença de Operação e o comissionamento  está em andamento. A barragem, em conjunto com a planta de filtragem de rejeitos, melhorará substancialmente a qualidade geral do minério, resultando em uma maior disponibilidade de pellet feed para as usinas de pelotização da Vale e na melhoria do mix de produtos, que demandará preços de prêmios maiores. 

- Em maio, vários Memorandos de Entendimento (“MoUs”) e acordos de reserva de terra foram assinados com autoridades e parceiros nos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Omã. Esses acordos visam avançar nos estudos para desenvolver complexos industriais, Mega Hubs, para produzir produtos de baixa emissão de carbono para a siderurgia. 

- Também em maio, foi assinado um MoU com a GravitHy, uma produtora francesa de ferro-esponja (DRI), para avaliar, em conjunto, a construção de uma planta de briquetes co-localizada no projeto da planta de DRI da GravitHy em Fos-sur-Mer, França. O start-up de produção da planta é esperado para 2027, com uma capacidade de produção de 2mtpa de DRI. 

• Construindo um veículo único de Metais para Transição Energética: 

- Assinatura de um acordo vinculante com a Manara Minerals, uma joint venture entre a Ma’aden e o Public Investment Fund, no qual a Manara Minerals investirá na Vale Base Metals Limited (VBM), empresa controladora do negócio de Metais para Transição Energética da Vale, mediante um enterprise value implícito de US$ 26,0 bilhões. Ao mesmo tempo, foi celebrado um acordo vinculante com a empresa de investimento Engine No.1, no qual a Engine No.1 realizará um investimento na VBM sob os mesmos termos econômicos. O valor total a ser pago à VBM com os dois acordos é de US$ 3,4 bilhões, correspondente a uma participação de 13%. Essas parcerias estratégicas vão acelerar a geração de valor a partir de um conjunto único de ativos e projetos, sendo uma alavanca chave para a  transição energética global 

- A reorganização das operações de Metais para Transição Energética foi concluída com sucesso em 01 de julho. Esse processo envolveu a transferência dos ativos de cobre no Brasil para a Salobo Metais S.A e, dos ativos de níquel para uma nova sociedade denominada Mineração Onça Puma S.A, sendo que ambas permanecerão sob a consolidação e controle da Vale. A reorganização trará maior eficiência para a gestão dos ativos de cobre e níquel no Brasil. 

• Avançando no pipeline de projetos:
 
- O ramp-up da planta de Salobo III está progredindo bem, com sólidas taxas de produção alcançadas no 2T. Quando a planta atingir a capacidade total, espera-se uma redução de 10% a 15% nos custos unitários gerais. 

• Samarco: 

- Vale, BHP, Samarco e alguns credores entraram em um acordo vinculante para a reestruturação da dívida da Samarco. O plano visa implementar uma reestruturação consensual, com a Samarco apresentando, ao final do processo, uma estrutura de capital mais enxuta. Os pagamentos aos credores serão vinculados ao ramp-up operacional e ao fluxo de caixa. A contribuição da Samarco para a reparação será limitada a US$ 1 bilhão entre 2024 e 2030, com o saldo remanescente sendo igualmente dividido entre a Vale e a BHP. 

Promovendo a mineração sustentável 

• Conformidade com os padrões do Global Industry Standard on Tailings Management (GISTM) alcançada com sucesso para todas as estruturas de rejeitos priorizadas², dentro dos prazos estabelecidos para a indústria. Até o momento, a companhia implementou o GISTM para 48 estruturas de rejeitos, sendo 37 delas localizadas no Brasil e 11 no Canadá, com planos de ação em vigor. Até agosto de 2025, todas as 50 estruturas de rejeitos estarão em conformidade.
 
• Os trabalhos de descaracterização da barragem de Campo Grande, na mina de Alegria, foram iniciados, bem como os das barragens Grupo e Area IX, na mina de Fábrica. Com isso, um total de 8 das 18 barragens a montante restantes a serem eliminadas tiveram seus trabalhos de descaracterização iniciados. Desde 2019, progressos importantes foram alcançados, com 12 das 30 barragens a montante já eliminadas, representando 40% do total do programa.
 
• O complexo de energia solar Sol do Cerrado, um dos maiores parques solares na América Latina, atingiu sua capacidade máxima de 766 Megawatts. O complexo, localizado no estado de Minas Gerais, fornecerá 16% de toda a energia consumida pelas operações no Brasil, em linha com a estratégia da companhia de zerar as emissões de CO2 até 2050. 
 

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