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Funcionária da Vale sorrindo em paisagem verde. Ela veste uniforme verde
da vale, oculos, capacete e protetores auriculares Artefato visual de onda Vale
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28/04/2020

Investidores

Resultado financeiro 1T20


"A Vale está enfrentando estes tempos desafiadores da pandemia do COVID-19 com responsabilidade, disciplina e senso de urgência. Nós desenvolvemos um plano de resposta à crise com ações que priorizam: (a) a saúde e segurança de nossos empregados e das comunidades em que operamos; (b) o apoio à batalha contra o vírus, honrando nosso novo pacto com a sociedade; e (c) a continuidade de nossos negócios. Da mesma forma, continuamos avançando com a reparação de Brumadinho e as iniciativas de gestão de riscos. Nosso objetivo permanece intacto: estamos transformando a Vale em uma das mais seguras e confiáveis empresas de mineração do mundo.", comentou Eduardo Bartolomeo, Diretor-Presidente da Vale

Desde março de 2020, a Vale vem ajustando sua forma de operar para combater os efeitos da a pandemia do COVID-19.

Saúde e segurança

Em todas as suas operações a Vale adotou padrões de segurança de nível mundial:

• Adoção de regime de home-office para todos os empregados considerados nos grupos de risco e para os quais a função não requeira presença física.
• Acesso às operações somente por equipes essenciais.
• Suspensão de todas as obras de construções não essenciais.
• Ajustes aos procedimentos das operações e do transporte de funcionários, garantindo o distanciamento social.
• Checklist diário e monitoramento contínuo de potenciais sintomas.
• Scan de temperatura corporal nas entradas de sites operacionais.
• Uso de Tecnologia de Informação para rastreamento e adoção de quarentena daqueles que estiveram em contato com casos suspeitos
• Comunicação interna extensa sobre contágio e canais de assistência médica 24/7.

Novo pacto com a sociedade

A Vale tem consciência de sua responsabilidade com a sociedade e de seu papel essencial na economia. Deste o início da pandemia, tem buscado meios para contribuir na luta contra o vírus, protegendo empregados e comunidades. Este esforço é evidenciado pela aquisição e doação de 30 milhões de unidades de equipamento de proteção individual e 5 milhões de testes de detecção na China, utilizando suas capacidades logística e financeira e os quase 50 anos de presença naquele país. Além disso, a Vale fez contribuições financeiras diretas a hospitais e para a construção de hospitais de campanha emergenciais nas comunidades em que opera. Dos R$ 500 milhões comprometidos para o apoio humanitário, aproximadamente, R$ 353 milhões já foram desembolsados até o momento.

A Vale também está trabalhando para manter saudável o ecossistema de fornecedores e empreiteiros em torno de suas operações durante a crise. Foram implementados programas de adiantamento de pagamento a mais de 3 mil pequenos e médios fornecedores nos países em que a Vale opera, com a injeção de mais de R$ 900 milhões na economia brasileira, por exemplo. Empreiteiros e trabalhadores que estavam alocados em projetos que foram suspensos pela Vale também estão recebendo apoio financeiro.

Continuidade de nossos negócios

Até o momento, a Vale tem enfrentado a pandemia do COVID-19 com impacto limitado a suas operações.

No entanto, a adoção de três medidas restritivas foi necessária:

No negócio de Minério de Ferro, a Vale suspendeu temporariamente as operações no terminal marítimo Teluk Rubiah, na Malásia, sem impacto em produção;

No negócio de Metais Básicos, a Vale realizou o ramp-down e colocou as operações de mineração em Voisey's Bay em care and maintenance por até 4 meses; e

No negócio de Carvão, a Vale decidiu postergar os planos para a manutenção corretiva na planta de processamento de carvão em Moçambique.

De forma prospectiva, a Vale postergou paradas de manutenção programada em diversas plantas, o que irá limitar o atingimento de níveis ótimos de produção, especialmente nas operações de Metais Básicos. A Vale pode ainda sofrer impactos de produção devido ao aumento de absenteísmo associado às medidas de quarentena, enquanto a retomada de produção em minas paradas, no negócio de Minério de Ferro, será postergada por atrasos nas inspeções, avaliações e autorizações.

Considerando as incertezas e potenciais impactos do COVID-19 nas operações da Vale, a Companhia revisou o guidance de produção para seus negócios. As novas projeções para o volume de produção em 2020 são: finos de minério de ferro 310-330 Mt (antes 340-355 Mt); pelotas 35-40 Mt (antes 44 Mt); níquel 180-1951 kt (antes 200-210 kt); e cobre 360-380 kt (antes 400 kt). O guidance de produção de carvão foi retirado. Detalhes adicionais a respeito da revisão dos guidances podem ser encontrados no Relatório de Produção e Vendas do 1T20, publicado em 17 de abril de 2020 e disponível no website da companhia.

Reparação e gestão de riscos

Os esforços para mitigar os impactos do COVID-19 não competem com as iniciativas da Vale para a reparação de Brumadinho. Os acordos de indenização assinados alcançaram quase 7.000 pessoas e, junto com pagamentos emergenciais, equivalem a cerca de R$ 3,6 bilhões2.

A Vale também está prosseguindo com as melhorias de suas práticas de gerenciamento de riscos e, em janeiro de 2020, a função de Engenheiro de Registro (EoR) foi implementada como uma etapa adicional para fortalecer a governança de seu Sistema de Gerenciamento de Rejeitos. O EoR é responsável por realizar a inspeção regular de segurança de barragens e os relatórios técnicos mensais, continuamente interpretando os resultados das atividades de inspeção e monitorando a integridade das estruturas. A função de EoR é externa às operações e integrada às linhas de defesa da Vale e ao nível de gestão sênior da companhia, de forma a agir com a autoridade requerida para este tipo de função. A adoção do EoR é boa prática recomendada pela Mining Association of Canada (MAC), pela Canadian Dam Association (CDA) e pelo Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apuração, provendo maior confiabilidade e qualidade ao processo de monitoramento e revisão da segurança das barragens.

Com relação aos trabalhos dos Comitês Independentes de Assessoramento Extraordinário, em fevereiro de 2020, o sumário executivo do Relatório Final do Comitê de Apuração foi disponibilizado ao público com recomendações de natureza técnica e de governança. Como a maioria delas já estava sendo endereçada, a Vale pode rapidamente preparar seu plano de ação, que indica 95% de conclusão até dezembro de 2020 e 100% de conclusão até dezembro de 2022. Em março de 2020, o Comitê de Apoio e Reparação publicou um relatório analisando as ações de reposta da Vale às suas recomendações, assim como pontos-chaves para assegurar a continuidade do programa de reparação integral. Também em março de 2020, o Conselho de Administração decidiu estender os trabalhos do Comitê de Segurança de Barragens, dado que discussões relevantes sobre os padrões de segurança de barragens prosseguem na indústria de mineração.

Seguindo a nova abordagem de gestão de risco da Vale, a Vale decidiu pela eliminação ou substituição de 25 navios convertidos (de VLCCs para VLOCs3) de sua frota, seja por rescisão antecipada ou alteração de contratos.

Em fevereiro de 2020, um navio construído em 2016 de propriedade e operado pela companhia sul-coreana Polaris Shipping sofreu avaria e encalhou após deixar o terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Estado do Maranhão, carregado com aproximadamente 295 kt de minério de ferro produzido pela Vale. A Vale está apoiando o armador com medidas técnico-operacionais e preventivas, de forma a remover de forma segura o combustível (concluída de forma bem-sucedida em 27 de março de 2020) e a carga de minério de ferro do navio.

O desempenho da Vale no 1T20

• No 1T20, o EBITDA ajustado proforma, excluindo as provisões e despesas incorridas relacionadas a Brumadinho, totalizou R$ 13,6 bilhões, R$ 5,6 bilhões inferior ao 4T19, devido, principalmente, a (a) sazonalmente menores volumes no primeiro trimestre, a parada parcial da planta de Brucutu e a manutenções, programadas e não programadas, realizadas no período, impactando os volumes de vendas em Minerais Ferrosos (R$ 7,0 bilhões), (b) menores preços realizados de níquel e cobre (R$ 1,1 bilhão) e (c) menores volumes de vendas de metais básicos (R$ 665 milhões), que foi parcialmente compensado pelo efeito positivo da desvalorização do Real frente ao Dólar (R$ 2,4 bilhões).
• Apesar da geração de fluxo de caixa livre de US$ 380 milhões e da redução de US$ 549 milhões no valor em Dólar americano da dívida denominada em Reais devido à desvalorização da moeda4, a dívida líquida permaneceu relativamente estável em US$ 4,808 bilhões, devido ao efeito compensatório de US$ 914 milhões da desvalorização cambial sobre o saldo de caixa onshore mantido em Reais.
• O resultado financeiro do 1T20 foi fortemente impactado pela desvalorização do Real frente ao Dólar, principalmente através do decréscimo no valor dos derivativos utilizados como hedge dos compromissos denominados em Reais (R$ 5,6 bilhão) e o aumento no valor (medido em Reais) da posição líquida passiva em Dólares da Vale (R$ 2,3 bilhões).
• A Vale protege parte de seus compromissos denominados em Reais, tais como dívidas e futuros desembolsos relacionados a Brumadinho e ao REFIS, tanto através do uso de derivativos quanto da manutenção de caixa no Brasil. Como esta proteção é parcial, no 1T20 a redução no valor das posições em derivativos (US$ 1,091 bilhão) e no caixa mantido em Real (US$ 914 milhões) totalizando US$ 2,005 bilhões, foi mais do que compensada pela redução do valor equivalente em Dólares dos compromissos e dívida da Vale denominados em Reais (US$ 2,984 bilhões) referidos acima.
• A Vale registrou um lucro líquido de R$ 984 milhões no 1T20 frente a um prejuízo de R$ 6,4 bilhões no 4T19. A melhora de R$ 7,4 bilhões no resultado deveu-se, principalmente, ao reconhecimento de despesas one-off no 4T19, tais como os impairments em ativos de níquel e carvão (R$ 17,3 bilhões) e provisões relacionadas a Brumadinho (R$ 3,7 bilhões). Estes efeitos foram parcialmente compensados pela redução no EBITDA ajustado proforma (R$ 5,6 bilhões) e maiores despesas financeiras (R$ 7,0 bilhões).
• Em março de 2020, como medida preventiva de forma a aumentar a posição de caixa e preservar a flexibilidade financeira à luz das incertezas no mercado global resultantes da pandemia do COVID-19, a Vale desembolsou US$ 5 bilhões de suas linhas de crédito rotativo, reforçando sua posição de liquidez para enfrentar os montantes riscos apresentados pela pandemia do COVID-19. A Vale também decidiu desfazer suas posições de hedge de níquel, vendendo seus contratos de opção e realizando um total de US$ 230 milhões, a ser reconhecido nos resultados da Vale simultaneamente às vendas de níquel correspondentes. Em 31 de março de 2020, a posição de caixa da Vale é de US$ 12,267 bilhões, ficando US$ 4,091 bilhões superior à de 31 de dezembro de 2019.

Minerais Ferrosos

• O EBITDA ajustado do negócio de Minerais Ferrosos foi R$ 12,8 bilhões no 1T20, R$ 5,8 bilhões inferiores ao 4T19, principalmente devido a volumes de venda 34% abaixo do 4T19.
• O preço realizado CFR/FOB pela Vale foi de US$ 83,8/t, um pequeno aumento de US$ 0,3/t quando comparado com o 4T19.
• O custo C1 de finos de minério de ferro aumentou de US$ 14,5/t no 4T19 para US$ 16,2/t no 1T20, principalmente devido à redução da diluição do custo fixo no volume sazonalmente menor (US$ 1,2/t), aos maiores custos de manutenção devido a paradas programadas e não programadas (US$ 0,5/t) e aos maiores custos de demurrage devido às fortes chuvas que afetaram a cadeia logística e de embarques no trimestre (US$ 0,3/t). Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo efeito positivo da desvalorização do Real (US$ 0,8/t). A desvalorização do Real em conjunto com a maior diluição do custo fixo deverá trazer um impacto positivo ainda maior para o C1 no 2T20. No entanto, esses efeitos devem ser compensados pelo (a) consumo de estoques com custos médios de produção mais altos do 1T20 (b) custos relacionados a medidas relacionadas ao COVID-19 para benefícios adicionais de empregados; e (c) aumento a participação da produção com custos mais elevados dos Sistemas Sudeste/Sul com o retorno das operações com processamento a seco. No 2S20, no entanto, com o aumento da produção, especialmente no Sistema Norte, em um volume sazonalmente maior, C1 deverá ficar abaixo de US$ 14/t.
• O frete marítimo unitário por tonelada métrica de minério de ferro foi US$ 1,1/t inferior ao 4T19, totalizando US$ 17,1/t no 1T20, principalmente devido ao menor preço spot do frete (US$ 1,6/t), que foi parcialmente compensado por um pequeno aumento nos custos de bunker oil devido a regulação do IMO 2020 (US$ 0,3/t). Os ganhos no custo com bunker oil devido aos preços mais baixos do petróleo em fevereiro serão realizados principalmente no 2T20, dado que os navios estavam em trânsito e gradualmente reabasteceram no final do trimestre. A expectativa é de que o custo do frete no 2T20 seja inferior ao 1T20 em, pelo menos, US$ 3/t.

Metais Básicos

• O EBITDA ajustado das operações de níquel foi de R$ 1,5 bilhão no 1T20, R$ 166 milhões inferior ao 4T19, principalmente devido a menores preços realizados de níquel (R$ 357 milhões), menores preços realizados de cobre como subproduto (R$ 214 milhões) e menores volumes de vendas de subprodutos de níquel e cobre (R$ 165 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores créditos de subprodutos PGM (R$ 277 milhões), menores custos e despesas (R$ 138 milhões) e variações cambiais favoráveis (R$ 149 milhões).
• O negócio de Níquel apresentou um sólido desempenho no primeiro trimestre, com o menor volume de produção em comparação ao trimestre anterior causado pela sazonalidade e manutenções programadas de rotina. Também estamos progredindo com o fechamento da refinaria de VNC, que passará a produzir apenas nickel hydroxide cake a partir de maio de 2020.
• O volume de vendas foi menor que o de produção devido à gestão ativa dos estoques pela Vale para lidar com as condições do mercado e pela parada regular de manutenção anual em sua refinaria no Japão. Com relação ao preço realizado, a estrutura de hedge proveu um piso para parte do volume a US$ 16.000/t e, como resultado, o preço médio realizado permaneceu US$ 1.711/t acima da média do preço de níquel na LME no 1T20 de US$ 12.723/t.
• O EBITDA ajustado das operações de cobre foi de R$ 712 milhões no 1T20 vs. R$ 976 milhões no 4T19, principalmente devido a menores preços realizados (R$ 505 milhões) e ao efeito combinado de menores volumes de Salobo e maiores volumes de Sossego (R$ 290 milhões), que foram parcialmente compensados por menores custos e despesas (R$ 388 milhões) e, ainda, ao efeito favorável de variações cambiais (R$ 143 milhões). O desempenho do negócio do Cobre foi sustentado pela retomada das operações em Sossego, após a manutenção não programada que ocorreu no 4T19, e pelo custo caixa negativo de Salobo, devido a maiores créditos de ouro como subproduto, que foram parcialmente compensados pela manutenção não programada na planta de Salobo no 1T20.

Clique aqui para obter o relatório completo

 


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