Colocar a pesquisa e a tecnologia à serviço da sustentabilidade, da segurança das pessoas e da eficiência operacional foram os principais objetivos dos projetos apresentados na terceira edição do Summit de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Vale, realizado de 27 a 29 de agosto, em Belém. O Summit PD&I reuniu, durante os três dias de evento, mais de 400 participantes na Estação das Docas, entre empregados, especialistas e representantes de instituições parceiras, como startups e universidades do Pará. O evento contou, ainda com a participação de mais de três mil empregados que acompanharam a programação pela internet. 

A área de exposição recebeu 20 apresentações de projetos inovadores de diversas áreas da Vale - Foto: Rafaela Cativo e Matheus Assis

De acordo com o gerente geral de Inovação da Vale, Leandro Teixeira, o Summit propiciou troca de experiências e conexões entre as diversas áreas da própria mineradora e, ainda, da empresa com o ecossistema de inovação paraense. “O valor compartilhado é um direcional muito importante da nossa estratégia e a inovação que realmente transforma e gera esse valor nasce da conexão entre pessoas. Conseguimos promover esse contato e reconhecer projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação que vão ajudar a construir uma mineração cada vez mais segura, eficiente e sustentável”, explicou. 

Nesta edição, o Summit recebeu a inscrição de 233 projetos desenvolvidos por empregados. Desse total, 34 iniciativas inovadoras foram selecionadas e apresentadas ao público. Os participantes do evento puderam tirar dúvidas, trocar experiências e refletir sobre como as iniciativas podem ser aplicadas e trazer, para o futuro, soluções que colaborem com o setor e com o cotidiano das pessoas nos territórios onde a Vale atua.

Uma das apresentações foi da startup “Ver o fruto”, comandada pela engenheira de produção, Ingrid Teles, que faz parte do ecossistema de inovação de Belém desde 2018. A paraense trabalha dentro do conceito da bioeconomia circular dos caroços do açaí, transformando-os em novos produtos através de uma tecnologia própria que a torna matéria prima para dois mercados: higiene e no acesso à água potável para regiões ribeirinha do Estado, onde os caroços funcionam como filtros por meio de um sistema capaz de tratar a água do rio transformando-a em própria para o consumo. “Foi uma experiência incrível apresentar esse projeto durante o Summit da Vale. Para nós, foi um ganho e uma oportunidade muito valiosa de estreitar contatos, mostrar nossos produtos e ver que temos conexão com o que a empresa faz”, comenta a empresária. 

O evento contou, ainda, com a participação dos vice-presidentes executivos de Sustentabilidade, Malu Paiva; de Pessoas, Marina Quental; e Técnico, Rafael Bittar. Eles destacaram a importância da colaboração para que seja possível desenvolver soluções inovadoras que beneficiem o negócio, a mineração e a sociedade. 

Inovação na Vale

A Vale conquistou, em agosto, o primeiro lugar do Prêmio Valor Inovação 2024 como a empresa mais inovadora do setor de Mineração, Metalurgia e Siderurgia do Brasil. É a quinta vez que a empresa ocupa esta posição no ranking. A inovação esta permeada em toda a Vale e em vários níveis e tem sido essencial para transformar a mineração em uma atividade cada vez mais eficiente, sustentável e segura. São cerca de 800 pessoas dedicadas ao tema na empresa no Brasil e 365 projetos no portfólio de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). A mineradora conta, ainda, com seis centros de pesquisa próprios responsáveis por desenvolver e aplicar novas tecnologias e soluções sustentáveis e que exploram mecanismos para preservar a biodiversidade brasileira e desenvolvem estudos para áreas preservadas e agroflorestais. Entre eles está o Instituto Tecnológico Vale - Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), com sede em Belém.