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Funcionária da Vale sorrindo em paisagem verde. Ela veste uniforme verde
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Metas de descarbonização

Liderando a transição para uma mineração de baixo carbono sustentável baseado na estratégia de neutralidade

Reduzir 33% as emissões de escopos 1 & 2 até 2030

100% de consumo de energia elétrica renovável no Brasil (2025) e globalmente (2030)

Reduzir 15% as emissões líquidas de escopo 3 até 2035

Zerar as emissões líquidas de escopos 1 & 2 até 2050

Melhorar em 5% o indicador de eficiência energética global até 2030. 

Nossa meta de redução de 33% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de  Escopos 1 e 2 até 2030 está alinhada ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global em menos de 2ºC (WB2D). Esse compromisso tem como base as emissões de 2017, que totalizaram 12,2 MtCO₂e, e foi estabelecido conforme metodologia pautada em ciência .

Nosso roadmap de descarbonização incorpora iniciativas de energia renovável para atender a 100% do consumo de eletricidade da Vale a partir de fontes renováveis no Brasil até 2025 e nos demais países até 2030, o que nos levará a zerar nossas metas de emissões de Escopo 2. Em 2022, atingimos 99,95% de renovabilidade no consumo elétrico no Brasil e 86,67% em nossas operações globais – um marco relevante em relação aos nossos compromissos de descarbonização.

Estamos comprometidos em zerar as emissões líquidas de Escopos 1 e 2 (net zero) até 2050. Para atingir esse objetivo, nos apoiaremos na redução absoluta de emissões por meio da descarbonização das nossas operações e na neutralização de emissões residuais por meio de iniciativas que removam carbono da atmosfera e créditos de carbono de alta qualidade, alinhados às melhores práticas internacionais.

Em 2020, a Vale se tornou a primeira mineradora do mundo a definir uma meta quantitativa para as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do Escopo 3 , isto é, aquelas relacionadas à nossa cadeia de valor. Essas emissões representam 98% do total das emissões do nosso inventário, e sua redução tem relação direta com a parceria entre a empresa e os clientes.

Comprometemo-nos a reduzir as emissões líquidas desse escopo em 15% até 2035, em relação aos níveis de 2018, meta que também foi definida de acordo com metodologia baseada na ciência  e alinhada com o cenário de limitar o aumento de temperatura a 2 ˚C. Esta meta será revisada em 2025 e a cada cinco anos, para adaptá-la à evolução tecnológica e às políticas climáticas.

Gestão das soluções de descarbonização

Para gerir os custos, riscos e as oportunidades da descarbonização, construímos um plano, com marcos claros, visando ao cumprimento das metas de redução de gases de efeito estufa (GEE). Nosso portfólio de iniciativas conta com uma variedade de projetos, que são priorizados conforme sua competitividade em custo e potencial de emissões para atingir a meta de 2030.
Consolidamos nosso portfólio para avaliação e priorização com base em uma Curva de Custo Marginal de Abatimento (Marginal Abatement Cost Curve), uma ferramenta que ajuda a determinar a relação custo-benefício entre diferentes projetos.
Adicionalmente, todas as decisões de investimento são submetidas a uma análise considerando o preço interno do carbono (shadow price). É a partir da contínua avaliação do portfólio de iniciativas que temos direcionado nossa trajetória de redução de emissões de GEE, ponderando os custos, os riscos e as oportunidades mediante os prazos dos nossos compromissos.

Escopo 1: Gerenciamento de riscos e oportunidades através da base em uma curva marginal de abatimento

Potencial de redução de emissão de GEE por tipo de iniciativa

   
Biodiesel e eficiência
6%
Eletrificação
7%
Gás natural e outros
13%
Eletricidade renovável
18%
Bioenergia
56%
Potencial total
100%
Dentro do nosso portfólio de projetos para alcançarmos a redução de 33% nas emissões absolutas até 2030, as iniciativas ligadas a combustíveis renováveis e eficiência energética somam quase dois terços do nosso potencial de redução. Em seguida, vêm os projetos de eletricidade renovável (18%), e os de gás natural e outros (13%). Pesquisamos simultaneamente o uso de várias soluções, inclusive em equipamentos híbridos.


 

Nossa estratégia para reduzir as emissões

Em 2022, as emissões de Escopo 1 e 2 (market-based) totalizaram 8,9 milhões de toneladas de CO₂e, 27% menos em relação ao ano-base de 2017. Essa redução deve-se majoritariamente à diminuição nos volumes de produção em relação a 2017.
As emissões de Escopo 3, em 2022, alcançaram um total de 477,8 milhões de toneladas de CO₂e, representando uma diminuição de 14% frente ao ano-base de 2018, variação decorrente principalmente da redução do volume de vendas de produtos. No entanto, é esperado um aumento na produção no curto prazo, conforme relato de produção e vendas da Vale, que pode levar ao aumento das emissões.

Perfil das emissões operacionais (Escopos 1 e 2)¹

Perfil das emissões operacionais (Escopos 1 e 2)

Legendas dos gráficos 1-a e 1-b:
1. O inventário 2022 de GEE da Vale foi auditado por terceira parte.
2. As emissões de Escopo 2 location-based da Vale totalizaram 0,6 milhão de toneladas de CO2e, uma redução de 52% em relação a 2017.
3. As emissões do ano-base de 2017 reduziram de 13,5 milhões de toneladas de CO2e para 12,2 milhões de CO2e, devido aos desinvestimentos dos ativos de carvão, ferro-ligas e operações de manganês (exceto usina Simões Filho), Sistema Centro-Oeste e Vale Nickel (Dalian) Co., realizados em 2022.
4. O cálculo das emissões e remoções pelo uso da terra (LULUCF) não inclui carbono no solo. Além disto, as emissões se restringem às áreas suprimidas de propriedade da Vale e ADA (Área diretamente afetada pela Vale). Temos acompanhado as tendências de evolução do tema (GHG Protocol) e endereçado futuras melhorias de contabilização.
De 2020 a 2022, os dispêndios da Vale com mudanças climáticas somaram USD 810 milhões, dos quais USD 543 milhões foram investidos em 2022. A empresa tem uma trajetória sólida para endereçar a redução das emissões de pretende investir entre USD 4 e 6 bilhões em nossas operações até 2030 em diversas iniciativas. Conheça as principais iniciativas por escopo.

Matriz de energia por fonte em 2022

Escopo 1: substituição de combustíveis e eficiência energética

Substituição de matérias-primas fósseis

Para reduzir as emissões de Escopo 1 nas operações, nossa estratégia visa, principalmente, substituir o uso de antracito e do gás natural na produção de aglomerados de minério de ferro, como pelotas, além de reduzir o consumo do diesel nos equipamentos de mina e nas locomotivas.

Dessa forma, visando reduzir as emissões do antracito, estamos desenvolvendo uma tecnologia para sua substituição pelo biocarbono, um produto de origem vegetal produzido a partir de biomassa certificada.

O gás natural e o óleo combustível são utilizados como combustíveis nos fornos de pelotização e metais básicos. Assim, estamos desenvolvendo substitutos de baixo carbono, entre eles o biometano, obtido da decomposição de resíduos dos aterros sanitários ou de resíduos sólidos e líquidos, como os agroindustriais, em biodigestores.

Nas ferrovias, a alternativa em estudo para substituir o uso do diesel nas nossas locomotivas é o biodiesel, o óleo vegetal hidrotratado (HVO), o etanol e a amônia. Também estamos estudando a utilização de locomotivas a bateria elétrica, para alcançar ganhos de eficiência energética.

Atualmente, usamos carvão como combustível e como agente redutor em nossas fábricas de processamento de níquel no Brasil e na Indonésia e estamos investigando alternativas adequadas. Em 2023, realizamos testes em fábricas usando milhares de toneladas de produtos à base de biomassa em Sorowako (Indonésia) e Onça Puma (Brasil). Os impactos ambientais de qualquer mudança de combustível serão totalmente avaliados antes de qualquer adoção em larga escala.

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Onda

Alternativas para substituir o diesel nas ferrovias

Soluções que não requerem adaptação

Biodiesel

Origem: óleos vegetais e gorduras animais

Desafio: regulatório (necessidade de aprovação de proporções de mistura superiores às obrigatórias)

HVO

Origem: óleos vegetais , gordura animal e hidrogênio

Desafio: ofertas e custos no Brasil

Soluções que requerem adaptação

Etanol

Origem: matérias primas vegetais

Desafio: tecnológico (requer adaptação)

Amônia

Origem: óleos vegetais , gordura animal e hidrogênio

Desafio: ofertas e custos no Brasil
Nas minas da Vale, a maior parte dos equipamentos móveis opera a diesel. As soluções para substituição desse combustível podem variar de acordo com as características de cada site, incluindo desde a adoção de biocombustíveis até a eletrificação de alguns equipamentos.

Eficiência energética

Ser mais eficiente no uso dos recursos energéticos é uma questão estratégica para a Vale. A eficiência energética apresenta-se como uma das alavancas de nossa estratégia de descarbonização, assumindo um papel importante na redução de emissões, especialmente no curto prazo. Importante destacar que dentre as metas assumidas pela Vale, a empresa se comprometeu em melhorar em 5% o indicador de eficiência energética global até 2030. 

Nosso objetivo é incluir o tema de forma estruturada nas rotinas operacionais, fazendo com as operações adotem iniciativas que promovam a eficiência energética nos seus processos. 

Dentre as iniciativas em curso, destacamos o projeto Sentinela, que se baseia na aplicação de Inteligência Artificial para otimização do consumo de diesel em caminhões fora de estrada, por meio de recomendações de parâmetros operacionais com foco na velocidade ideal para cada trecho da mina 

Em 2022, desenvolvemos a ferramenta para as minas do Corredor Sul e, em 2023, replicamos seu uso nas frotas de caminhões das minas de Carajás e S11D. 

Também estamos explorando grandes soluções de eficiência energética para nossas plantas de processamento de níquel no Brasil e na Indonésia, como a melhor utilização do calor residual e o aumento da drenagem de água nos estoques antes da secagem do minério. 

Avanços na trajetória de descarbonização

Em 2023, realizamos um teste bem-sucedido na pelotização na mina de Vargem Grande, em Nova Lima (MG) para substituição de 100% do consumo de antracito por biocarvão.

Em 2022, a Vale firmou um contrato para uso de gás natural na Usina de Pelotização de São Luís. Com a conversão, prevista para acontecer em 2024, todas as plantas pelotizadoras da Vale passarão a utilizar o gás em substituição ao óleo combustível como fonte de energia.

Também em 2022, iniciamos os testes-piloto de dois caminhões fora de estrada de 72 toneladas movidos a bateria. Primeiros a serem usados por uma empresa global do setor de mineração, os veículos não emitem CO2 durante sua operação, pois substituem o diesel por eletricidade, e ainda reduzem ruídos, minimizando os impactos nas comunidades vizinhas. Atualmente, as emissões dos caminhões fora de estrada a diesel representam cerca de 9% do total de nossas emissões de Escopos 1 e 2. Em caso de resultados satisfatórios, esta solução poderá ser expandida para outras minas da Companhia.

Em maio de 2023, assinamos um acordo com a Wabtec para fornecimento de três locomotivas 100% elétricas a bateria, que iniciarão os testes em composições híbridas na Estrada de Ferro Carajás. A ideia é acoplar as três locomotivas 100% elétricas a baterias ao atual modelo operacional de trem para suportar a composição ao longo da EFC e, principalmente, em um trecho de aclive de cerca de 140 quilômetros da ferrovia, onde o consumo de combustível é mais elevado, formando a primeira composição ferroviária híbrida do país. O acordo também prevê estudos e desenvolvimento pela Wabtec de um motor movido a amônia como alternativa ao diesel.

Escopo 2: 100% de energia renovável globalmente

Nosso roadmap de descarbonização tem iniciativas de energia renovável para atender a 100% do consumo de eletricidade da Vale a partir de fontes renováveis, o que se reflete nas nossas metas de reduzir a zero nossas emissões de Escopo 2 no Brasil até 2025 e nos demais países até 2030.

Como estratégia, contamos com um portfólio robusto de renováveis construído ao longo dos anos para atender às nossas operações, que é um diferencial para atingimento da meta. Além disso, buscamos firmar parcerias com outras empresas para promover a expansão da geração renovável, obtendo a energia por meio de contratos de compra de energia (PPAs na sigla em inglês), atestados por certificados de geração renovável.

Estratégia para atingimento da meta de escopo 2

Fontes renováveis e competitivas de energia críticos para suportar o plano de descarbonização

Expansão de geração renovável

Certificados de geração renovável nos contratos (PPAs)

Parcerias para promover expansão através de joint-ventures

Iniciativas de inovação para eficiência no uso de baterias

Em 2022, a eletricidade representou 30,2% de nosso consumo de energia, dos quais 86,67% provenientes de fontes renováveis. No Brasil, esse percentual é ainda maior: 99,95% do consumo é de origem renovável, sendo atendido pelos contratos de concessão para os ativos próprios, bem como pelos nossos contratos de compra de energia. Essa energia renovável foi atestada por meio de certificados ou declarações de geradores, tendo sido auditada por terceira parte.

A capacidade instalada em 2022 atingiu 2,7 GW, relativa majoritariamente a ativos de geração hidrelétricos e eólicos, de propriedade direta e indireta, localizados no Brasil, no Canadá e na Indonésia, e ao nosso novo projeto solar, o Sol do Cerrado. Essas plantas atendem em média 61% do nosso consumo global de eletricidade e 72% do consumo no Brasil, além de contribuir para o compromisso de energia renovável.

Projetos 2023- 2030

Notas: Redução de emissões com base no baseline de 2017 divulgado no Relato Integrado da Vale de 2021 e dados baseados no roadmap de descarbonização de 2022, cuja atualização é anual e pode impactar na evolução da meta.

Ativos de geração de energia elétrica

Barragens de Usinas Hidrelétricas Internacionais: 100% Vale
Indonésia: Larona, Balambano, Karebbe
Canadá: High Falls I, High Falls II, Big Eddy, Wabageshik, Nairn

Capacidade Instlada: 57,4mw

PCH HIGH FALLS I
Rio: Espanhol
Capacidade Instalada: 10 MW
Localização: Greater Sudbury – Ontario
Início Operação: 1905
PCH HIGH FALLS II
Rio: Espanhol
Capacidade Instalada: 8MW
Localização: Greater Sudbury – Ontario
Início Operação: 1917
PCH BID EDDY
Rio: Espanhol
Capacidade Instalada: 30MW
Localização: Greater Sudbury – Ontario
Início Operação: 1929
PCH WAGABESHIL
Rio: Vermilion
Capacidade Instalada: 4,8 MW
Localização: Greater Sudbury – Ontario
Início Operação: 1911
PCH NAIRN
Rio: Espanhol
Capacidade Instalada: 4,7MW
Localização: NairnTownship – Ontario
Início Operação: 1924

Capacidade Instlada: 462mw

UHE Estreito
 
Concessionário: Consórcio Estreito
Energia (CESTE)
Engie – 40,07%
Vale – 30,0%
Alcoa - 25,49%
Intercement – 4,44%
Localização: Estreito - MA
Rio: Tocantins Início Operação: abril/2011 Término concessão: dez/2037
Capacidade Instalada: 1087 MW
Quantidade de unidades geradoras: 8
UHE Carlos Ermírio de Moraes (Machadinho)
Localização: Piratuba - SC
Rio: Pelotas
Início Operação: fev/2002
Término concessão: dez/2028
Capacidade Instalada: 1.140 MW
Quantidade de unidades geradoras: 3

Concessionário: Consórcio Machadinho Companhia Brasileira de Alumínio - 29,2296%
Alcoa Aluminio - 27,3391%
Engie Brasil Energia - 20,4801%
Vale - 8,8068%
Votorantim Cimentos Machadinho Energia - 5,9658%
Machadinho Participações - 5,2762%
DME Distribuição - DMED - 2,9020%
UHE Risoleta Neves (Candonga)
 
Aliança Geração de Energia: 50,00%
Vale: 50,00%
Participação Vale: 77,5%
Localização: Rio Doce - MG
Rio: Doce
Início Operação: set/2004
Término concessão: mai/2035
Capacidade Instalada: 140 MW
Quantidade de unidades geradoras: 3
Sol do Cerrado
Projeto Sol do Cerrado:  Em novembro de 2022, demos início à operação no município de Jaíba, região norte de Minas Gerais. O empreendimento é um dos maiores parques de energia solar da América Latina, com potência instalada de 766 Megawatts-pico.

Fazem parte do projeto uma subestação e uma linha de transmissão de 15 quilômetros de extensão, com tensão de 230 mil volts, interligando as subestações Coletora Sol do Cerrado e Jaíba, de onde a energia é entregue ao Sistema Interligado Nacional.

Assim, o Projeto Sol do Cerrado, cujos investimentos somam cerca de USD 590 milhões, pretende gerar energia renovável para atender a 16% do nosso consumo estimado para 2025, reduzindo nossas emissões em 134 mil tCO2 e/ano, o que representa a emissão de aproximadamente 100 mil carros compactos. Em linha com o compromisso da Vale de promover uma transição energética justa, foi estabelecida uma parceria envolvendo a prefeitura de Jaíba e a comunidade do município, que permitiu a construção de uma Agenda de Desenvolvimento Local (ADL).

Entre os principais legados da ADL, espera-se a consolidação de um fórum de participação permanente, com diversidade e representatividade; o desenvolvimento de uma visão integrada e uma governança compartilhada do território; um planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos; e investimentos em educação e ampla participação social.

Participações em empresas

Capacidade Instlada: 462mw

UHE BATUBESI
Bacia: Rio Larona
Capacidade Instalada: 195 MW
Localização: Balambano, Wasuponda
Início Operação: 1979
N° unidades geradoras: 3
UHE BALAMBANO
Bacia: Rio Larona
Capacidade Instalada: 137 MW
Localização: Balambano, Wasuponda
Início Operação: 1999
N° unidades geradoras: 2
UHE KAREBEE
Bacia: Rio Larona
Capacidade Instalada: 130 MW
Localização: Laskap, Malili
Início Operação: 2011
N° unidades geradoras: 2

Projeto Sol do Cerrado

Em novembro de 2022, demos início à operação ao Projeto Sol do Cerrado no município de Jaíba, região norte de Minas Gerais. O empreendimento de USD 590 milhões é um dos maiores parques de energia solar da América Latina, com potência instalada de 766 Megawatts-pico.

Fazem parte do projeto uma subestação e uma linha de transmissão de 15 quilômetros de extensão, com tensão de 230 mil volts, interligando as subestações Coletora Sol do Cerrado e Jaíba, de onde a energia é entregue ao Sistema Interligado Nacional.

O Sol do Cerrado irá gerar energia renovável para atender a 16% do nosso consumo estimado para 2025, reduzindo nossas emissões em 134 mil tCO2e/ano. Isso representa a emissão de aproximadamente 100 mil carros compactos.

Em linha com o compromisso da Vale de promover uma transição energética justa, foi estabelecida uma parceria envolvendo a prefeitura de Jaíba e a comunidade do município, que permitiu a construção de uma Agenda de Desenvolvimento Local (ADL).

Entre os principais legados da ADL, espera-se a consolidação de um fórum de participação permanente, com diversidade e representatividade; o desenvolvimento de uma visão integrada e uma governança compartilhada do território; um planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos; e investimentos em educação e ampla participação social.

Canadá e Indonésia

A Vale conta com cinco pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Canadá, que são responsáveis pela geração de cerca de 20% da demanda por eletricidade das operações da empresa em Sudbury.

Na Indonésia, temos a operação de três usinas hidrelétricas para fornecimento de energia na produção de níquel (Larona, Balambano e Karebbe).

Escopo 3: melhoria do portfólio e novas tecnologias

O compromisso da Vale de reduzir 15% das emissões líquidas de Escopo 3 até 2035 equivale a uma redução de mais de 80 milhões de toneladas de CO2 equivalente. Este desafio engloba os setores de navegação e a siderurgia, que são notoriamente desafiadores em termos de redução de emissões de GEE. Isso se deve principalmente à indisponibilidade e aos elevados custos associados à conversão e substituição de 

tecnologias, os quais ainda não foram precificados por meio de mercados regulados de carbono.

Para atingimento dos nossos compromissos, nos apoiaremos em três principais pilares:

  • Portfólio de produtos de alta qualidade e tecnologias inovadoras
  • Parcerias e engajamento com a cadeia de valor, e
  • Uso limitado de créditos de carbono de alta integridade

Estima-se que as iniciativas próprias da Vale irão apoiar a promover entre 15% a 25% da redução necessária para atingir a meta de Escopo 3. As reduções adicionais necessárias representam cerca de 75% a 85% da meta. Destas, a maior parte é decorrente do engajamento da empresa com fornecedores e clientes para ajudá-los a inovar e descarbonizar.

Para o atingimento da meta, há a flexibilidade para uso de cerca de 17 MtCO2e de créditos de carbono de alta integridade, limitado a 20% da meta, seguindo princípios de adicionalidade, permanência, transparência e contribuição ao desenvolvimento sustentável.

Perfil da emissões na cadeia de valor em 2022 (Escopo 3)

Total: 477,8 milhões de toneladas de CO2e

  • Processamento de produtos vendidos
  • Investimentos
  • Transporte e distribuição upstream e downstream
  • Outras categorias

Iniciativas no setor de navegação

A Vale está desempenhando um papel crucial na descarbonização da indústria de transporte marítimo por meio do nosso programa EcoShipping. Estimamos que essa transição para combustíveis mais sustentáveis resultará em reduções significativas de emissões, com estimativas entre 40-80% para metanol e amônia, e até 23% para GNL.

Dentro deste programa, já implementamos uma série de pilotos inovadores, incluindo velas rotativas e "air lubrication”. Alcançamos um marco significativo ao adotar combustíveis com menor teor de carbono para nossos navios, e recebemos a Aprovação em Princípio (AIP) da DNV, uma renomada sociedade internacional de classificação e registro com sede na Noruega.

Este projeto aprovado pela DNV envolve a instalação de tanques de combustíveis múltiplos em nossos navios, um passo importante em direção à diversificação e sustentabilidade de nossas operações marítimas. A DNV confirmou a viabilidade técnica deste sistema, proporcionando uma solução eficaz para armazenar combustíveis alternativos como GNL, metanol e amônia no futuro.
Além disso, a Vale está investindo na instalação de sistemas de GNL em muitos de nossos grandes transportadores de minério, preparando-os para futuras operações mais ecológicas. Para testar e implementar esse avanço tecnológico, um projeto-piloto será conduzido em uma embarcação Guaibamax. Esta iniciativa reflete nosso comprometimento contínuo em encontrar soluções inovadoras e sustentáveis para enfrentar os desafios ambientais da indústria de transporte marítimo.

Saiba mais

Soluções de baixo carbono

Para nos tornarmos os principais parceiros para a descarbonização de nossos clientes, temos avançado em um portfólio diferenciado e de alta qualidade para fornecer soluções de baixo carbono.

Para indicadores de energia e emissões, acesse o DataBook ESG