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Funcionária da Vale sorrindo em paisagem verde. Ela veste uniforme verde
da vale, oculos, capacete e protetores auriculares Artefato visual de onda Vale
Imagem aérea de um rio de águas turvas com um barco navegando. Aos lados há uma densa vegetação. Imagem aérea de um rio de águas turvas com um barco navegando. Aos lados há uma densa vegetação.
Uma pessoa, usando luvas, está coletando água de um rio.
Fotógrafo: Arquivo Vale
Um passarinho está posicionado em cima de um tronco de árvore.
Fotógrafo: Arquivo Vale

Temos como prioridade executar ações voltadas para recuperação da área impactada pelo rompimento da Barragem B1, em Brumadinho.

É nosso dever e nossa prioridade executar ações voltadas para a recuperação ambiental de toda a área impactada pelo rompimento da Barragem B1, em Brumadinho.

É dever e prioridade da Vale executar ações voltadas para a reparação ambiental de toda a área impactada pelo rompimento da Barragem B1, em Brumadinho. 


Nesta página você confere todas as iniciativas de reparação ambiental realizadas pela Vale. 
 

A recuperação ambiental está dividida em cinco frentes: 

Preservação da flora e da fauna locais; 
Remoção dos rejeitos em terra e dentro do rio, destinando-os para áreas seguras e controladas; 
Contenção dos rejeitos, impedindo que cheguem ao rio nos períodos chuvosos; 
Monitoramento e recuperação da qualidade da água e do solo; 
Estudos de avaliação de risco à saúde humana e ecológica. 
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Dia a Dia da Reparação

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Monitoramento da qualidade da água do Rio Paraopeba

 

Desde janeiro de 2019, a Vale vem realizando os trabalhos de monitoramento da qualidade da água na bacia do rio Paraopeba, seus afluentes, assim como trechos do rio São Francisco, apesar desses últimos não terem sido afetados pelo rompimento da Barragem B1. 

Além do acompanhamento mensal realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a qualidade das águas do rio Paraopeba e de seus afluentes é monitorada pela Vale, respeitando o compromisso assumido junto aos órgãos públicos responsáveis. Todo esse trabalho é acompanhado por uma auditoria técnica e ambiental independente, indicada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). 

Os dados obtidos pelos trabalhos de monitoramento são periodicamente entregues aos órgãos fiscalizadores e ao Ministério Público de Minas Gerais.  

Para você entender melhor todas as informações dessa página, produzimos um glossário. Clique aqui

Quer informações resumidas para acessar e compartilhar? Baixe a cartilha.

Conheça aqui todos os pontos de monitoramento que existem hoje

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Como é feito o monitoramento?

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Ícone representando duas gotas de água um tubo de ensaio Ícone representando três tubos de ensaio Ícone representando um recipiente com água e uma régua medindo a profundidade Ícone representando uma lupa e algumas moléculas ao fundo

Os trabalhos realizados são validados e acompanhados por órgãos fiscalizadores e por instituições de ensino nacionais e internacionais: Coppe-UFRJ, UFMG, UFLA, IFTM,UNESP, Universidade de Illinois (EUA) e Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro (Portugal).

A partir dos resultados, o que podemos afirmar?

 

  • Os rejeitos ficaram retidos na Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, em Pompéu (MG), não atingindo o rio São Francisco;
     
  • Não houve contaminação nas águas do reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, conforme demonstrado nos estudos dos órgãos ambientais;
     
  • Os desvios dos metais traços reduziram progressivamente durante os períodos secos; 
     
  • Testes estatísticos apontam tendência significativa de melhora da qualidade das águas relacionada ao manganês total, no período de estiagem. 
Imagem placeholder Imagem placeholder Fotógrafo: Arquivo Vale 
Onda

Concentração de metais

Desde janeiro de 2019, uma lista completa de metais está sendo analisada em amostras de água e sedimentos do rio Paraopeba, de afluentes principais e também em pontos dos reservatórios das Usinas Hidrelétricas de Retiro Baixo e de Três Marias.

A presença dos metais na água também pode estar associada à dissolução de composto do solo, e os teores desses metais estão diretamente relacionados à composição geológica dos locais de inserção dos corpos hídricos ou lançamento de efluentes industriais e de outras atividades antrópicas.

Como interpretar os mapas

Para verificação da condição de qualidade dos trechos do rio Paraopeba é feita uma comparação do resultado máximo mensal de cada parâmetro com os máximos dos períodos sazonais obtidos antes do rompimento pelo monitoramento do Igam.

O resultado dessa comparação com o período pré-rompimento (chamado de baseline) é graficamente representado por cores, variando do melhor resultado (azul) até o pior (vermelho), da seguinte forma:

condição pré-rompimento
pior condição

Metal concentration

Since January 2019, a complete list of metals has been analyzed in water and sediment samples from the Paraopeba River, main tributaries and also in points in the reservoirs of the Retiro Baixo and Três Marias Hydroelectric Power Plants.

The presence of metals in water can also be associated with the dissolution of compost from the soil, and the contents of these metals are directly related to the geological composition of the places where water bodies are inserted or discharge of industrial effluents and other human activities.

How to interpret maps

To verify the quality condition of the Paraopeba river stretches, a comparison is made of the monthly maximum result of each parameter with the maximum of the seasonal periods obtained before the disruption by Igam monitoring.

The result of this comparison with the pre-disruption period (called baseline) is graphically represented by colors, ranging from the best result (blue) to the worst (red), as follows:

pre-breakup condition
worst condition

Ferro dissolvido

Manganês Total

A bacia do rio Paraopeba atravessa a região conhecida como Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, sendo comuns os registros de concentrações naturalmente elevadas de ferro e manganês nas águas, inclusive superiores aos padrões de qualidade, mesmo na série histórica de dados do Igam antes do rompimento.

No monitoramento realizado pela Vale, foram identificados resultados significativos desses metais em trechos mais impactados pelo aporte de rejeito, com atenuação à medida que nos distanciamos da região de confluência do ribeirão Ferro-Carvão com o rio Paraopeba. Os teores de manganês e ferro, na forma total, apresentam elevação na época de chuvas e redução na estiagem, e a condição atual indica que a qualidade da água está em fase de transição, com uma progressiva redução das concentrações.

Dissolved iron

Total manganese

The Paraopeba river basin crosses the region known as the Iron Quadrangle of Minas Gerais, and records of naturally high concentrations of iron and manganese in the waters are common, even above the quality standards, even in the historical series of data from Igam before the break.

In the monitoring carried out by Vale,   significant results of these metals were identified in stretches more impacted by the input of tailings, with attenuation as we move away from the region where the Ferro-Carvão stream meets the Paraopeba river. The contents of manganese and iron, in total form, show an increase in the rainy season and a reduction in the dry season, and the current condition indicates that the water quality is in a transition phase, with a progressive reduction in concentrations.

Alumínio dissolvido


A análise do metal alumínio tem apresentado níveis de concentração significativos, que podem estar associados ao rejeito. Entretanto, especificamente no trecho do rio Paraopeba após o município de Maravilhas, observa-se que fatores geológicos naturais influenciam na elevação da concentração desse elemento.

Dissolved aluminum


The analysis of aluminum metal has shown significant concentration levels, which may be associated with the tailings. However, specifically in the stretch of the Paraopeba River after the municipality of Maravilhas, it is observed that natural geological factors influence the increase in the concentration of this element.

Metais traço

Outros metais também podem ser encontrados na água em quantidades muito menores e de maneira esporádica, são os chamados “metais traços”. Alguns resultados analíticos apontaram ocorrências isoladas de concentrações pronunciadas para os metais traços.
Entretanto, para esses elementos, que também estão presentes no rejeito, os dados analisados atualmente mostram que os teores no rio Paraopeba são semelhantes ou mesmo inferiores aos registrados nos bancos de dados públicos para a época pré-rompimento.

Trace metals

Other metals can also be found in water in much smaller amounts and sporadically, they are called "trace metals". Some analytical results pointed to isolated occurrences of pronounced concentrations for trace metals.

However, for these elements, which are also present in the tailings, the data analyzed currently show that the levels in the Paraopeba River are similar or even lower than those recorded in public databases for the pre-rupture period.

Turbidez

A turbidez é um parâmetro básico de avaliação da qualidade da água, facilmente influenciado pelas chuvas e que está relacionado à transparência e à quantidade das partículas em suspensão

A presença de materiais sólidos em suspensão como argila, matérias orgânicas e inorgânicas, organismos microscópicos e algas causam a turbidez da água.

As origens desses materiais podem ser diversas:

  • Sedimentos de fundo do rio;
  • Solos das margens e de áreas com supressão de vegetação;
  • Mineração;
  • Retirada de areia ou a exploração de argila;
  • Resíduos indústriais;
  • Esgoto doméstico.

Turbidity

Turbidity is a basic parameter for assessing water quality, easily influenced by rainfall and related to the transparency and quantity of suspended particles

The presence of suspended solid materials such as clay, organic and inorganic matter, microscopic organisms and algae cause water turbidity.

The origins of these materials can be diverse:

  • River bottom sediments;
  • Soils on the banks and in areas with suppression of vegetation;
  • Mining;
  • Sand removal or clay exploration;
  • Industrial waste;
  • Domestic sewage.

Entenda a diferença de comportamento da água no período chuvoso x estiagem

Os aspectos climáticos apresentam influência relevante na qualidade da água. Em períodos chuvosos, a água tende a ficar mais turva, principalmente em função do carreamento dos materiais das margens e da ressuspensão dos sedimentos do fundo do rio. Já em períodos de seca (estiagem), os rios apresentam vazão reduzida, baixa velocidade de escoamento e menor ressuspensão dos sedimentos, resultando em melhora das medidas de alguns parâmetros.

Sobre o rio Paraopeba, podemos afirmar que, nos períodos de seca, a qualidade da água se aproxima das condições anteriores ao rompimento.

A análise conjunta dos indicadores ferro dissolvido, manganês total e turbidez, em geral, mostra que há uma redução da concentração máximas destes parâmetros, indicando a recuperação próxima às condições de um rio Classe 2.

No período chuvoso a qualidade da água piora, assim como já acontecia antes do rompimento. O aumento na concentração de alguns desses parâmetros como alumínio, ferro, manganês e turbidez pode estar relacionado à suspensão do material depositado no fundo do rio e às novas contribuições provocadas por materiais naturais do solo na região, ou devido a outras atividades historicamente realizadas na região.

A avaliação da qualidade da água do rio Paraopeba e seus tributários segue apresentando resultados que indicam a melhora de diversos parâmetros físico-químicos, independentemente da influência de fatores climáticos.

Entenda a diferença de comportamento da água no período chuvoso x estiagem

Os aspectos climáticos apresentam influência relevante na qualidade da água. Em períodos chuvosos, a água tende a ficar mais turva, principalmente em função do carreamento dos materiais das margens e da ressuspensão dos sedimentos do fundo do rio. Já em períodos de seca (estiagem), os rios apresentam vazão reduzida, baixa velocidade de escoamento e menor ressuspensão dos sedimentos, resultando em melhora das medidas de alguns parâmetros.

Sobre o rio Paraopeba, podemos afirmar que, nos períodos de seca, a qualidade da água se aproxima das condições anteriores ao rompimento.

A análise conjunta dos parâmetros ferro dissolvido, manganês total e turbidez, em geral, mostra que há uma redução da concentração máximas destes parâmetros, indicando a recuperação próxima às condições de um rio classe 2. 

During the rainy season, the water quality worsens, as has happened before the disruption. The increase in the concentration of some of these parameters such as aluminum, iron, manganese and turbidity may be related to the suspension of the material deposited on the riverbed and the new contributions caused by natural soil materials in the region, or due to other activities historically carried out in the region.

The evaluation of the water quality of the Paraopeba River and its tributaries continues to show results that indicate the  improviment of several physicochemical parameters, regardless of the influence of climatic factors.

Monitoramento em números

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Cerca de 80 pontos de monitoramento.

15 estações telemétricas instaladas para monitoramento contínuo.

Mais de 6,8 milhões de resultados de água e sedimentos.

Quase 81 mil amostras coletadas.

Foto de placeholder Foto de placeholder

Fotógrafo: Ricardo Teles

Monitoramento do Rio Paraopeba pelo IGAM 

A Vale firmou o Termo de Compromisso (TC) com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), que estabelece a transferência de todas as ações de monitoramento de recursos hídricos e sedimentos ao longo da Bacia do Rio Paraopeba e no rio São Francisco para o Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam). Para absorver os dados de monitoramento após o rompimento, a Vale está desenvolvendo junto com o IGAM um software de monitoramento de Águas para todo o Estado de Minas Gerais. A Vale arca com a contratação de auditoria técnica e independente, que é responsável por supervisionar todo o processo de transferência, previsto para durar 33 meses após a assinatura do Acordo Global. 

O Igam possui papel fundamental como órgão fiscalizador, no âmbito da avaliação dos resultados e estudos relacionados às amostragens realizadas pela Vale, bem como na solicitação de respostas e proposição de alterações na forma como os trabalhos estão sendo realizados.

O Igam reforça que ainda se mantêm a recomendação de não utilização da água bruta do rio Paraopeba para qualquer fim, como medida preventiva, no trecho que abrange os municípios de Brumadinho até o limite da UHE de Retiro Baixo, em Pompéu (aproximadamente 250 km de distância do rompimento). O uso da água nos trechos que estão antes do município de Brumadinho (antes do trecho afetado pelo rompimento) e depois da UHE de Retiro Baixo, estão liberados para os mais diversos fins e não existe nenhuma restrição pelos órgãos públicos. 

O acompanhamento da qualidade das águas é fundamental para dar subsídio ao órgão e, no futuro, permitir a retomada do uso.  Essa é uma decisão que não depende da Vale, e para dar subsídio à avaliação da condição de qualidade das águas, os resultados do monitoramento são enviados periodicamente aos órgãos fiscalizadores do Estado.

Relatório de Fechamento de Ciclo de Qualidade da Água Superficial e Sedimentos: entenda para que serve e o que é feito com ele 

O Relatório de Fechamento de Ciclo contempla a avaliação dos dados de monitoramento no âmbito dos Planos de Monitoramento. 

Ele apresenta o comportamento dos resultados de monitoramento de águas superficiais e sedimentos na bacia do rio Paraopeba até o reservatório de Três Marias, nos distintos períodos sazonais. 

O documento tem o objetivo de apresentar uma avaliação da condição de qualidade das águas e sedimento, trazendo considerações em relação às variações ocorridas ao longo dos períodos de chuva e de estiagem dos ciclos hidrológicos, ao longo dos anos de monitoramento.

Fotógrafo: Arquivo Vale 

Abastecimento de água 

Após o rompimento da Barragem B1 em Brumadinho, o uso da água do rio Paraopeba foi interrompido e a Vale assumiu o compromisso, junto aos órgãos públicos competentes, de garantir o abastecimento de água de todos os munícipios impactados. 

Nossas iniciativas são divididas em duas frentes, que atendem o abastecimento público e a população ribeirinha: 

Ações corretivas emergenciais

São as ações voltadas para consumo animal, irrigação agrícola e consumo humano.

Ações preventivas estruturantes
Aquelas ações realizadas para garantir a segurança hídrica e que normalmente envolvem obras, a fim promover a melhoria e as adequações no abastecimento público. Consistem na perfuração e reativação de poços tubulares profundos, captações em mananciais superficiais e nas instalações de sistemas de tratamento de água.

Abastecimento público 

O acesso à água em quantidade e qualidade suficientes é um direito humano. Por isso, estamos trabalhando com a implantação de diversas soluções para o fornecimento de água potável nos municípios que possuíam captação no rio Paraopeba. 

Conheça as ações: 

Adutora com cerca de 12 km implantada no rio Paraopeba em região não afetada pelo rompimento com capacidade para operar com a mesma vazão da captação anterior de 5 000 L/s. O objetivo desta obra é garantir o abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Adutora com cerca de 50 km de extensão que faz a captação no rio Pará, que não foi atingindo pelos sedimentos da barragem B1, para atendimento direto do município de Pará de Minas. A vazão da estrutura é de 284 l/s, mesmo volume que o município captava no rio Paraopeba antes do rompimento da barragem. 

Assista ao vídeo para saber mais:

O abastecimento de água aos municípios de Paraopeba e Caetanópolis está sendo atendido por meio de poços perfurados e reativados pela Vale e complementado pela captação superficial do ribeirão do Cedro. 
Atualmente, a Vale realiza o abastecimento das comunidades de Parque da Cachoeira, Tejuco, Pontinha, e Ponte das Almorreimas, em Brumadinho, e Imperial e Boa Vista, em Paraopeba. O abastecimento é realizado por poços tubulares ou caminhões-pipa. 
Implantação de reservatório de água com capacidade de 700 mil m³ como alternativa definitiva junto aos poços perfurados e a captação superficial do ribeirão do Cedro para o abastecimento dos municípios de Paraopeba e Caetanópolis. 
Para saber mais sobre a solicitação do fornecimento de água potável via caminhões pipa, ligue para a Central de Atendimento: 0800 031 0831. 

Fotógrafo: Arquivo Vale 

Até agora, a Vale disponibilizou uma vazão de aproximadamente:

200 milhões L/dia para abastecimento público 

Isso equivale ao abastecimento de uma cidade com  

1,2 milhão de habitantes 

* Dados de abril de 2024, conforme vazões outorgadas

Abastecimento para população ribeirinha 

Distribuição de água potável para aqueles que vivem às margens do rio Paraopeba. Essa água pode ser fornecida por poços perfurados ou reativados pela Vale (ações preventivas estruturantes) ou por meio de caminhão-pipa ou distribuição de água mineral (ações corretivas emergenciais). 
 

Irrigação 

711.284.717 litros

Consumo animal ​

1.086.577.300 litros

Uso doméstico ​

1.277.024.483 litros

* Dados de abril de 2024, conforme vazões outorgadas
28.805.218,5 litros
* Dados de abril de 2024, conforme vazões outorgadas 

Uso agropecuário ​

5.187.33,3 litros

* Dados de abril de 2024, conforme vazões outorgadas

Fotógrafo: Arquivo Vale

  • Brumadinho 
  • São Joaquim de Bicas 
  • Mário Campos 
  • Betim 
  • Esmeraldas 
  • Juatuba 
  • Florestal 
  • Pará de Minas 
  • São José da Varginha 
  • Pequi 
  • Fortuna de Minas 
  • Maravilhas 
  • Papagaios 
  • Paraopeba 
  • Curvelo 
  • Pompéu 

Saiba mais

Foto de placeholder Fotógrafo: Arquivo Vale 

Sistemas de tratamento 

A Vale segue trabalhando para melhorar a qualidade da água da bacia do rio Paraopeba.

Uma de suas ações é a instalação de sistemas de tratamento para garantir água de qualidade para a população que vive nas localidades entre Brumadinho e o reservatório da Três Marias. A instalação dos novos sistemas de tratamento partiu de um acordo realizado com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG). 

Ações preventivas estruturantes na Bacia do rio das Velhas 

Embora não tenha sido impactado pelo rompimento da Barragem B1, o rio das Velhas está recebendo um investimento preventivo. Conheça algumas das ações 

Fotógrafo: Arquivo Vale 

Barriletes - Abastecimento pipa Copasa 

Obras de melhoria para garantir o abastecimento de água, por meio de caminhões-pipa, aos usuários essenciais cujo consumo diário é inferior a 80 m³ de água, aos aglomerados subnormais, às zonas vulneráveis e às regiões sem condições técnicas de abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em caso de hipotético comprometimento na captação hídrica da ETA Bela Fama. 

Fotógrafo: Arquivo Vale 

Plano de contingência de abastecimento da RMBH 

O plano contempla ações que devem ser implementadas, caso haja a impossibilidade de captação de água bruta no rio das Velhas por qualquer evento que comprometa o abastecimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). 

Fotógrafo: Arquivo Vale 

Adutora Cambimbe 

A instalação da adutora é uma ação preventiva que garante uma alternativa de captação de água para a Nova Lima e Raposos para o caso de comprometimento da captação de água no rio das Velhas. A adutora, que terá cerca de 4 km, vai levar a água desse ponto até a Estação de Tratamento (ETA) de Bela Fama. 

Fotógrafo: Arquivo Vale 

Adutora Carlos Prates 

Implantação de adutora com 2 km de extensão no bairro Novo Glória, em Belo Horizonte, interliga os sistemas de abastecimento hídrico da Bacia do rio Paraopeba ao da Bacia do rio das Velhas. A estrutura vai contribuir para garantir uma melhoria no atual sistema de distribuição da Copasa e foi projetada para atender uma vazão de 320 l/s. 

Fotógrafo: Arquivo Vale 
Vetor Norte 

Perfuração e reativação de poços pertencentes à Copasa nos municípios de Lagoa Santa, São José da Lapa e Vespasiano incluindo as adequações na rede de distribuição em atendimento à 81.000 habitantes. 

Fotógrafo: Arquivo Vale 

Poços Sabará 

Perfuração de poços tubulares em Sabará para o abastecimento público de água atendendo cerca de 50.900 habitantes. 

Fotógrafo: Arquivo Vale 

Usuários essenciais 

São chamados de usuários essenciais aqueles que desenvolvem atividades de caráter essencial, pontuadas na Resolução ARSAE-MG nº 68/2015. Nesse contexto, para os usuários essenciais que tem consumo de água acima de 80 m³/dia, será implantada uma ação alternativa para garantir o abastecimento, tais como perfuração de poços, reservação complementar e obras de redundância. Já os demais usuários essenciais, com consumo abaixo de 80 m³/dia, serão atendidos por caminhão-pipa. 

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Segurança Hídrica 

Além dos projetos executados pela Vale, a empresa está elaborando 5 (cinco) projetos básicos de obras de segurança hídrica, que serão entregues à concessionária de abastecimento de água para posterior licitação e contratação e visam garantir demanda correspondente a 15.000 L/s para abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 
  • Ampliação do sistema de abastecimento do rio Manso 

 Estamos desenvolvendo estudos e projetos para garantir o atendimento à demanda hídrica atual da RMBH correspondente a 15.000 l/s. Uma das intervenções estruturantes é a ampliação do sistema de abastecimento de água do Rio Manso. Os projetos contemplam a ampliação da capacidade em aproximadamente 55% da Estação de Tratamento de Água - ETA  Manso, e também ampliação de 4 elevatórias e de adutoras de  água. 

  • Adutora de interligação dos reservatórios R10-R13

Também faz parte do Termo de Compromisso (TC)​ Segurança Hídrica a elaboração de projeto de adutora de água tratada com aproximadamente 30 km de extensão que interligará dois reservatórios, denominados R10 e R13 e aumentará a possibilidade de transferência entre os sistemas de água do Paraopeba e do rio das Velhas, o que propiciará aumento na resiliência para abastecimento público da RMBH.  

  • Projeto de barramento no ribeirão Macaúbas 

Estamos desenvolvendo estudos e projetos para garantir o atendimento à demanda hídrica atual da RMBH correspondente a 15.000 l/s. Uma das intervenções estruturantes é a ampliação do sistema de abastecimento de água do Rio Manso. Os projetos contemplam a ampliação da capacidade em aproximadamente 55% da Estação de Tratamento de Água – ETA   Manso, e também ampliação de 4 elevatórias e de adutoras de água. 

  • Captação e barramento em Ponte de Arame 

Parte do escopo do TC Segurança Hídrica consiste nos estudos e projetos para implantação de nova captação de água no Rio das Velhas, na região conhecida como “Ponte de Arame”. Este novo sistema contará com a implantação de 1 captação a Fio d´água em sua primeira etapa e posteriormente com a implantação de um Barramento. Estes projetos alimentarão a Estação de Tratamento de Água - ETA Bela Fama através de uma adutora com aproximadamente 25 km de extensão. Sendo o 1º Barramento na bacia do rio das Velhas para abastecimento público, este projeto proporcionará maior segurança para abastecimento da RMBH. 

  • Captação no ribeirão da Prata 

Adicionalmente, compõem o escopo da Segurança Hídrica a captação de água no ribeirão do Prata, que contempla a captação a fio d´água e uma adutora de aproximadamente 9 km de extensão até a ETA Bela Fama. 

Até dezembro de 2023, 249 animais silvestres foram devolvidos à natureza de forma cuidadosa e em conformidade com os procedimentos técnicos e legais adequados.
Entre agosto de 2020 e Dezembro de 2023 (após 3 anos de monitoramento), foram contabilizadas cerca de 830 espécies de flora, 572 espécies de invertebrados terrestres, 69 espécies da herpetofauna, 193 espécies de aves  e 77 espécies de mamíferos.​
Dessas espécies, xxx estão classificadas em alguma categoria de ameaça a nível estatual, nacional e/ou internacional. Como exemplos, o jacarandá (Dalbergia nigra), a serpente Tantilla boipiranga, o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatos), a onça-parda (Puma concolor) e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). 
Mais de 200 profissionais, entre biólogos, veterenários, engenheiros ambientais e auxiliares de campo dedicados ao resgate dos animais, cuidado e preparação para a reintegração à natureza
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Biodiversidade na bacia do rio Paraopeba 

A recuperação do rio Paraopeba e de sua biodiversidade é um dos compromissos da Vale no trabalho de reparação. Por isso, desde o rompimento da barragem B1, em Brumadinho, medidas de curto, médio e longo prazos estão sendo realizadas.

Monitoramento 

O monitoramento da biodiversidade é realizado de maneira permanente por empresas especializadas na área de meio ambiente, biólogos, auxiliares de campo e médicos veterinários, com a coordenação de professores universitários. Ao todo, são estudados 35 pontos para a biodiversidade aquática e 20 áreas para a biodiversidade terrestre, que contemplam regiões não afetadas, áreas afetadas em menor intensidade e áreas severamente afetadas pelos rejeitos. 

Também são analisadas a fauna e a flora em algumas lagoas marginais e nos principais afluentes do rio Paraopeba. 

Ao expandir o monitoramento para locais não afetados é possível avaliar as condições ambientais e o real impacto do rompimento sobre a biodiversidade. 

É com base nessas análises constantes que compreendemos os impactos e podemos entender quais as melhores ações a serem tomadas em prol da flora e fauna locais.

Assista ao vídeo para saber como é feito o monitoramento:

Jovem morador de Brumadinho ajudou a coletar 782 kg de frutos e sementes de 100 espécies nativas para recuperar a biodiversidade na região.​

 

José Fernandes, 19 anos, dedica a maior parte dos seus dias ao projeto Sementes, que está ajudando a reflorestar as áreas impactadas pelo rompimento da barragem B1

Fotógrafo: Arquivo Vale 

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Explore a área estudada

Biodiversidade Aquática

Atualmente, a área de estudo das comunidades aquáticas no rio Paraopeba vai desde a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Salto do Paraopeba, em Jeceaba, até depois da represa de Três Marias.

Após estudos de especialistas de instituições governamentais, foram selecionados 35 pontos para o monitoramento aquático, em áreas afetadas e não afetadas.
 

No rio, monitoramos peixes, plantas, insetos aquáticos e organismos microscópicos vegetais e animais, conhecidos como plâncton.​

O objetivo é avaliar se, após o rompimento, houveram alterações quanto à riqueza, abundância, diversidade, reprodução, alimentação, ocorrência de parasitas e demais interações da biota aquática.​

Para que essas comparações sejam possíveis, esses mesmos parâmetros são avaliados em áreas afetadas e não afetadas pelo rejeito.

A reparação até aqui 
No final de dezembro de 2019, a Vale iniciou o Programa de Diagnóstico de Danos Ambientais sobre o Meio Biótico, elaborado em conjunto com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF).
Em 2019 foi iniciada a remoção dos rejeitos depositados no rio Paraopeba, por meio da atividade de dragagem. Também foi realizada, em 2020, a estabilização das margens da foz do ribeirão Ferro-Carvão e reconstituição dessa porção da calha.
O IEF e a Auditória do Ministério Publico realizam mensalmente o acompanhamento do Programa de Diagnóstico de Danos Ambientais sobre o Meio Biótico, para todas as atividades realizadas no âmbito desse programa.
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Peixes 

O monitoramento dos peixes fornece informações sobre a qualidade de água dos ecossistemas aquáticos. Nesse monitoramento verificamos a saúde dos animais e sua reprodução. Dessa maneira, conseguimos identificar possíveis impactos decorrentes do rompimento para os peixes.​

  • Análises histopatológicas ​

São realizadas para avaliar possíveis enfermidades ou danos aos peixes em função da exposição ao rejeito do rompimento. ​

  • Avaliação da helmintofauna​

Examina a presença de parasitos como bioindicadores para o monitoramento do impacto ambiental. ​

  • Bioacumulação de metais ​

Os animais passam por identificação, biometria e retirada do músculo e do fígado para verificar a presença de metais como alumínio, cobre, ferro, chumbo e zinco, entre outros. Verificamos se existem altas concentrações de determinada substância química nos organismos do nível mais elevado da cadeia alimentar. ​

  • Toxicologia e genotixicidade em peixes e invertebrados aquáticos​

Os estudos científicos analisam os efeitos de substâncias químicas sobre os organismos e sua capacidade em induzir alterações no material genético dos animais que foram expostos a ela. ​

  • Ensaios ecotoxicológicos​

Estuda os efeitos de um ou mais compostos químicos em uma população ou comunidade de organismos e funciona como ferramenta de monitoramento ambiental, baseado nas respostas de organismos-teste expostos ao químico.​

Monitoramento de ovos e larvas de peixes​

Esse trabalho é feito para a avaliação do ciclo reprodutivo para peixes migradores. Os animais são acompanhados durante a piracema, período em que se reproduzem. Entre os meses de outubro e fevereiro, é comum que os peixes migradores nadem contra a correnteza para liberar os ovos e completar o ciclo reprodutivo.​

Este estudo tem como objetivo verificar se os ovos e larvas desses peixes são encontrados no rio Paraopeba e se esses organismos são viáveis para completar seu ciclo de vida. São avaliados 22 pontos ao longo da calha do rio Paraopeba (antes e depois do rompimento), afluentes e lagoas marginais, a cada 5 dias, a fim de compreender o uso desses locais como áreas de desovas e detectar possíveis alterações no ciclo reprodutivo dos peixes.​

Importante

 Em 28 de fevereiro de 2019, a pesca de espécies nativas foi proibida na bacia do rio Paraopeba, pela portaria nº 16 editada pelo IEF, e assim segue até a publicação de nova portaria. 

Comunidades planctônicas 

A equipe técnica também estuda as comunidades planctônicas (formadas por diferentes microrganismos), que fornecem informações importantes. Alguns organismos desses grupos são sensíveis à degradação ambiental e nos ajudam a verificar a saúde dos ambientes aquáticos em conjunto com informações de parâmetros químicos e físicos. As coletas desses microrganismos acontecem ao longo de todo rio Paraopeba e alguns efluentes e suas análises acontecem em laboratório, através do uso de microscópio.

Fitoplâncton – Conjunto de microrganismos fotossintetizantes composto por algas microscópicas unicelulares e cianobactérias que vivem dispersos nas águas
Zooplâncton – Conjunto de organismos aquáticos, geralmente microscópicos, que não realizam fotossíntese e vivem dispersos na coluna d’água. Inclui protozoários, vermes, crustáceos, entre outros.
Perifíton –  Conjunto de organismos, fotossintetizantes ou não, que se fixam em substratos, como folhas e pedras, e podem formar uma fina camada sobre essas superfícies nos habitats aquáticos. Seu tamanho varia desde organismos microscópicos até alguns com vários metros.
Zoobentos – Conjunto de organismos que vivem na água durante pelo menos uma fase do ciclo de vida e que têm mais de 0,5 mm; por isso são chamados de macroinvertebrados. Larvas de insetos, crustáceos e moluscos são alguns exemplos desses organismos.

Biota aquática da bacia do ribeirão Ferro-Carvão


Como parte do monitoramento, acompanhamos a biota aquática, ou seja, o conjunto de seres vivos aquáticos, da bacia do ribeirão Ferro-Carvão. Para isso, estudamos diferentes grupos de animais, incluindo invertebrados aquáticos e peixes. ​​

Para a coleta de amostras de peixes, foram definidos 10 pontos nos afluentes do ribeirão. Já para a coleta de invertebrados aquáticos, são amostrados três ribeirões da bacia do Ferro-Carvão e outros cursos d'água em bacia próximas com características ecológicas semelhantes. Esse monitoramento busca avaliar se, eventualmente, o rejeito acumulado na calha do Ferro Carvão isola as populações ao ponto de alterar a comunidade de peixes e macroinvertebrados bentônicos.​

Biodiversidade terrestre

Nas áreas de mata da bacia do ribeirão Ferro-Carvão e entorno, e às margens do Rio Paraopeba, são realizados monitoramentos de vários grupos da fauna e da flora para avaliar a riqueza e a abundância em áreas afetadas e não afetadas. ​​

Monitoramento de Fauna

Monitoramento de espécies ameaçadas de extinção: andorinha-de-coleira (Pygochelidon melanoleuca), borboleta-ribeirinha (Parides burchellanus) e lontra (Lontra longicaudis); 
Monitoramento de invertebrados terrestres: abelhas, besouros, borboletas, cupins e formigas; 
Monitoramento de vertebrados terrestres da Herpetofauna (anfíbios e répteis squamata), Ornitofauna (aves de interior de mata) e Mastofauna (pequenos mamíferos não-voadores, morcegos, e mamíferos de médio e grande porte); 
Estudos em laboratório para avaliar a presença de elementos químicos em indivíduos da fauna e da flora. Para isso, são coletadas amostras de animais silvestres (sangue e pelos, por exemplo) e plantas (raízes e folhas). 
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Resultados iniciais

É importante ressaltar que os resultados obtidos até agora são decorrentes de três anos de estudo e reforçam a necessidade de acompanhamento de todas as atividades a longo prazo, conforme propostas no Programa de Monitoramento.
  • Devido à pele permeável e ao ciclo de vida peculiar, os anfíbios são considerados bons indicadores da qualidade ambiental. Já os répteis squamata, tem um papel ecológico importante no ecossistema, ocupando o espaço de predadores de topo, por exemplo. Como existe uma facilidade de amostragem desses animais, eles são excelentes para a obtenção de informações rápidas que caracterizam o estado de conservação de um determinado local, avaliando os impactos antrópicos sobre ele.
     
  • Até o momento, foram registradas 38 espécies de anfíbios e 30 espécies de répteis. Não houve diferença de riqueza, abundância e composição entre os sítios amostrados. Foram registradas duas espécies classificadas com grau de ameaça vulnerável em nível global: a serpente Tantilla boipiranga e a perereca Bokermannohyla martinsi.
Clique aqui e veja a lista de espécies de anfíbios e répteis registrados ao longo desses 3 anos em toda área estudada.

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Boana faber
Tantilla boipiranga ​
Bokermannohyla martinsi
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  • As aves também são amplamente distribuídas e utilizadas em biomonitoramentos e respondem bem às mudanças ambientais.

  • Após 3 anos de monitoramento, já foram registradas 192 espécies de aves e as mais abundantes e que dominam as comunidades são praticamente as mesmas para todos os sítios amostrais. 

  • Foram registradas duas espécies ameaçadas de extinção em nível estadual: gavião-de-penacho Spizaetus ornatus (Em Perigo) e a tesourinha-da-mata Phibalura flavirdostris (Vulnerável).

Não foi identificado impacto especifico do rompimento, e os resultados sugerem que a comunidade de aves da área de estudo já vinha sendo afetada por impactos antrópicos ao longo dos tempos.

Clique aqui e veja a lista de espécies de aves registradas ao longo desses 3 anos em toda área estudada.​

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Phibalura flavirostris
Hemithraupis ruficapilla
Synallaxis ruficapilla
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  • Os mamíferos de pequeno porte não-voadores possuem representantes com alta flexibilidade adaptativa e outros com baixa tolerância a fatores ambientais. São animais que desempenham um papel ecológico como dispersores de sementes e também como presas para diversos predadores. Por possuírem área de vida reduzida, não dispersarem tanto e estarem associados ao estrato terrestre, esse grupo pode ser um bom indicador da perturbação ambiental resultante do rompimento.
     
  • Até o momento, já foram registradas 21 espécies, sendo 10 marsupiais e 11 roedores. O maior destaque está relacionado a sete espécies que não haviam sido registradas na região antes desse estudo, são elas: Caluromys philander, Gracilinanus agilis, Monodelphis kunsi, Philander quica, Bibimys labiosius, Calomys tener e Cerradomys scotti.
     
  • A riqueza de espécies foi maior nos sítios amostrais adjacentes ao rejeito, e a estrutura das comunidades também foi diferente, apresentando maior dominância de uma espécie (Akodon montensis) em sítios adjacentes ao rejeito, em comparação com sítios de referência. O monitoramento continuará para entender as possíveis causas dessas alterações e como as ações de restauração podem influenciar a dinâmica das comunidades ao longo do tempo. 
Clique aqui e veja a lista de espécies dos mamíferos de pequeno porte não-voadores registrados ao longo desses 3 anos em toda área estudada.​

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Akodon montensis
Monodelphis americana
Caluromys philander
Graciliannus agilis
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  • Os invertebrados representam um grupo amplamente diversificado, com diferentes estilos de vida que variam de solitários, gregários, até estritamente sociais. No Brasil, estima-se que existam aproximadamente 700.000 espécies descritas (Brandão et al., 2020), e muitas espécies são conhecidas por desempenhar importantes papéis no ecossistema, por exemplo, ciclagem de nutrientes, decomposição, polinização, dispersão de sementes e regulação das populações de plantas e outros organismos. Por este motivo (i.e, pela importância ecológica) e por apresentarem ciclos de vida curtos, estes animais foram selecionados como bioindicadores neste estudo, podendo trazer respostas mais rápidas nas avaliações de impacto e ações de reparação ambiental.
     
  • Após três anos de estudo, já foram registradas 571 espécies de invertebrados terrestres, sendo 231 abelhas, 67 besouros, 76 borboletas, 46 cupins e 151 espécies de formigas. 
     
  • Até o momento, os resultados encontrados sugerem que a presença do rejeito não causou impacto significativo (ou se causou, as espécies já se recuperaram) na riqueza e abundância desses grupos e nem nas funções ecológicas desempenhadas por eles. Este é um resultado muito positivo e demonstra a capacidade de recuperação destes animais. Além disso, a presença dessas espécies no entorno da área atingida pelo rejeito, também é importante para auxiliar no processo de recuperação natural dessas áreas. É possível afirmar que as funções e serviços ecossistêmicos executados por formigas, besouros e cupins estão ocorrendo de maneira normal em todos os sítios amostrais.
Clique aqui e veja a lista de espécies dos invertebrados terrestres registrados ao longo desses 3 anos em toda área estudada.​

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Armadilhas Aromáticas
Nesomyrmex cf. costatus
Velocitermes sp
Phanaeus dejeani
Ariphanarthra palpalis
Zaretis strigosus
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  • O Cágado-de-barbicha foi uma espécie selecionada como bioindicador para avaliar se existe variação na sua abundância ao longo do tempo e dos trechos do rio Paraopeba. 
     
  • Já foi constatado que a espécie ocorre ao longo de todo o rio Paraopeba, sendo capturados 201 indivíduos, com uma taxa de recaptura de 16,3%.
     
  • Os dados disponíveis até o momento sugerem que a abundância do cágado-de-barbicha aumenta de montante para jusante do rio Paraopeba e isso pode estar relacionado às diferenças nas características dos trechos amostrados e não ao fato de terem tido contato ou não com o rejeito.

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Phrynops geoffroanus
Biometria de Phrynops geoffroanus
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  • Os mamíferos de médio e grande porte são vulneráveis a extinções locais, já que necessitam de grandes áreas de vida, possuem baixa densidade, apresentam longos períodos de gestação e são muito perseguidos por humanos. Esses animais desempenham importantes serviços ambientais, como a dispersão de sementes e o controle de populações de outras espécies por meio da predação. Todos esses serviços são essenciais para a manutenção e regeneração das florestas.
     
  • Esses animais vem sendo monitorados desde agosto de 2020, por meio de armadilhamento fotográfico, em pontos na bacia do ribeirão Ferro-Carvão e em duas áreas consideradas controle: na RPPN Inhotim e na APE do Rio Manso, por não terem influência do rompimento ou das obras de reparação. Até dezembro de 2023, já foram registradas 33 espécies de mamíferos, sendo 27 espécies nativas, 5 domésticas e uma exótica. Seis espécies nativas registradas possuem algum grau de ameaça de extinção, por exemplo, a onça-parda (Puma concolor), a jaguatirica (Leopardus pardalis) e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). 
     
  • Observou-se que a região do Ferro-Carvão manteve o maior registro de ocorrências desta fauna em comparação às áreas controle (RPPN Inhotim e APE Rio Manso).

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Subulo gouazoubira
Puma concolor
Eira barbara
Tamandua tetradactyla
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  • O monitoramento dos primatas foi implantado para avaliar o possível isolamento de indivíduos e/ou grupos, devido ao rompimento e às obras de reparação, a fim de propor eventuais medidas de mitigação necessárias. 
     
  • Entre junho de 2021 e dezembro de 2023, foram identificadas três espécies de primatas na região: o guigó ou sauá (Callicebus nigrifrons), o mico-estrela (Callithrix penicillata) e o macaco-prego (Sapajus nigritus). 
     
  • Um grupo de guigós (Callicebus nigrifrons) foi identificado em situação vulnerável por estar residindo em um fragmento de apenas 3 hectares. Para reconectar este e outros fragmentos à remanescentes de vegetação, foram implantadas passagens de fauna superiores garantindo o deslocamento e o trânsito seguro dos primatas. Essa ação de mitigação contribui com informações ecológicas dessa e outras espécies de mamíferos que utilizam as passagens sendo uma estratégia de conservação para a fauna arborícola da região de Brumadinho.

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Callithrix penicillata
Callicebus nigrifrons
Callicebus nigrifrons
Callicebus nigrifrons
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  • Foram registradas 830 espécies de plantas terrestres, sendo 378 lenhosas, 225 briófitas epífitas, 34 epífitas vasculares e 193 espécies de herbáceas. Desse total, apenas 13 espécies arbóreas estão ameaçadas de extinção e a maioria ocorre nas três categorias de áreas de monitoramento. ​​

  • Até o momento, os resultados não indicam que o rompimento impactou a riqueza de espécies e composição florística das comunidades de plantas terrestres da bacia do Ferro-Carvão.​​

  • A riqueza de plantas terrestres nos sítios com bordas próximas ao rejeito é similar à riqueza dos sítios de referência sem efeito do rejeito, e levemente inferior à riqueza dos sítios das áreas em Unidades de Conservação.​​

  • A alta representatividade das espécies de samambaias dentre as epífitas vasculares é inédita para florestas estacionais semideciduais brasileiras. 

As atividades estão sendo executadas em pleno acordo com a legislação e são acompanhadas por meio de reuniões, visitas de campo e relatórios por diversos órgãos públicos. Nenhuma ação é executada sem a autorização das instituições competentes abaixo.

•    Instituto Estadual de Florestas – IEF
•    Ministério Público de Minas Gerais – MPMG
•    Instituto Mineiro de Gestão de Águas - IGAM
•    Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM
•    Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD
•    Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
•    Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio
 
Além do time de especialistas trabalhando em campo, contamos com a orientação e acompanhamento de pesquisadores e professores das seguintes instituições parceiras:

•    Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
•    Universidade Federal de Viçosa – UFV
•    Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
•    Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG
•    Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF
•    Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM

Monitoramento de Flora

  • Para avaliar se o rompimento modificou a estrutura da vegetação e a diversidade das espécies, são feitas amostragens botânicas próximo à mancha de rejeito e em áreas distantes para fins de comparação. São marcadas e amostradas parcelas botânicas  para acompanhamento dos parâmetros fitossociológicos (ou seja, o estudo da comunidade de plantas, sua composição florística e estrutura da vegetação). Nessas parcelas, são monitorados indivíduos de espécies pertencentes aos diversos estratos da floresta, tais como árvores, arbustos, ervas, epífitas e lianas.

    Esses locais são acompanhados ao longo do tempo para verificar se a proximidade com o rejeito irá gerar algum impacto em longo prazo e, em caso positivo, quais as melhores medidas de mitigação. 

Fotógrafo: Laura Sales

Resultados iniciais

É importante ressaltar que os resultados obtidos até agora são decorrentes de três anos de estudo e reforçam a necessidade de acompanhamento de todas as atividades a longo prazo, conforme propostas no Programa de Monitoramento.
  • Já foram registradas 830 espécies de plantas terrestres, sendo 378 lenhosas, 225 briófitas epífitas, 34 epífitas vasculares e 193 espécies de herbáceas. Desse total, apenas 13 espécies arbóreas estão ameaçadas de extinção e a maioria ocorre nas três categorias de áreas de monitoramento;
     
  • Até o momento, os resultados não indicam que o rompimento impactou a riqueza de espécies e composição florística das comunidades de plantas terrestres da bacia do Ferro-Carvão;
     
  • Um dos resultados mais importantes é a alta representatividade das espécies de samambaias, representantes das epífitas vasculares. Este fato é inédito para florestas estacionais semideciduais brasileiras. 
Clique aqui e veja a lista de espécies de plantas terrestres registradas ao longo desses 3 anos em toda área estudada.

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Lenhosa - Clethra scabra
Lenhosa - Cordia sellowiana
Briófitas
Briófitas em indivíduo arbóreo
Herbácea - Pteridium esculenntum subsp. arachnoideum
Epífita vascular - Pleopeltis hirsutissima
Epífita vascular - Microgramma squamulosa
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Resultados iniciais

It is important to note that the results obtained so far are the result of three years of study and they underscore the need to track all activities over the long term, as proposed in the Monitoring Program. 
  • Já foram registradas 830 espécies de plantas terrestres, sendo 378 lenhosas, 225 briófitas epífitas, 34 epífitas vasculares e 193 espécies de herbáceas. Desse total, apenas 13 espécies arbóreas estão ameaçadas de extinção e a maioria ocorre nas três categorias de áreas de monitoramento;
     
  • Até o momento, os resultados não indicam que o rompimento impactou a riqueza de espécies e composição florística das comunidades de plantas terrestres da bacia do Ferro-Carvão;
     
  • Um dos resultados mais importantes é a alta representatividade das espécies de samambaias, representantes das epífitas vasculares. Este fato é inédito para florestas estacionais semideciduais brasileiras.

Título do carrossel

Lenhosa - Clethra scabra
Lenhosa - Cordia sellowiana
Briófitas
Briófitas em indivíduo arbóreo
Herbácea - Pteridium esculenntum subsp. arachnoideum
Epífita vascular - Pleopeltis hirsutissima
Epífita vascular - Microgramma squamulosa
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A reparação até agora

Até dezembro de 2023, 249 animais silvestres foram devolvidos à natureza de forma cuidadosa e em conformidade com os procedimentos técnicos e legais adequados; 
Entre agosto de 2020 e Dezembro de 2023 (após 3 anos de monitoramento), foram contabilizadas cerca de 830 espécies de flora, 572 espécies de invertebrados terrestres, 69 espécies da herpetofauna, 193 espécies de aves  e 77 espécies de mamíferos.
Dessas espécies, 38 estão classificadas em alguma categoria de ameaça a nível estatual, nacional e/ou internacional. Como exemplos, citamos o jacarandá (Dalbergia nigra), a serpente Tantilla boipiranga, o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatos), a onça-parda (Puma concolor) e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). 
Uma população reprodutiva da andorinha-de-coleira (Pygochelidon melanoleuca), ave considerada criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais, foi encontrada na bacia do rio Paraopeba e está sendo monitorada por equipe de biólogos e auxiliares coordenados por professor da UFV. Após três anos de monitoramento, este estudo já é o mais completo realizado com a espécie em todo o mundo.
O monitoramento da biodiversidade também confirmou a presença da espécie rara de borboleta, a borboleta ribeirinha (Parides burchellanus), em Brumadinho, próximo à área afetada pelo rompimento. A espécie vive em populações extremamente pequenas, em áreas de dossel fechado de mata ciliar – às margens de rios e ribeirões – e está ameaçada de extinção em razão da destruição desses espaços. Mais de 100 indivíduos já foram identificados e ao longo do tempo, espera-se uma recolonização, por meio da dispersão de indivíduos provenientes das áreas adjacentes em monitoramento, para as áreas recuperadas;
São monitoradas em torno de 19 espécies da flora e 19 espécies da fauna com alguma classificação de ameaça a nível estatual, nacional e/ou internacional; 
Mais de 200 profissionais, entre biólogos, veterinários, engenheiros ambientais e auxiliares de campo dedicados ao resgate dos animais, cuidado e preparação para a reintegração à natureza.
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​Atualmente, são monitoradas em torno de 19 espécies da flora e 19 espécies da fauna com alguma classificação de ameaça a nível estatual, nacional e/ou internacional. Conheça algumas descobertas. 
Andorinha-de-coleira​
Uma população reprodutiva de mais de cem indivíduos da andorinha-de-coleira (Pygochelidon melanoleuca), ave considerada criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais, foi encontrada na bacia do rio Paraopeba, entre os municípios de Pompéu e Curvelo, e está sendo monitorada por equipe de biólogos e auxiliares coordenados por professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A espécie constrói seus ninhos em locais de difícil acesso, no interior de fendas localizadas nos afloramentos rochosos ao longo das corredeiras de rios. Após três anos de monitoramento, o estudo já é o mais completo realizado com a espécie em todo o mundo. 
Assista a um vídeo sobre a Andorinha-de-coleira e saiba mais.
Borboleta ribeirinha​
​O monitoramento da biodiversidade também confirmou a presença da espécie rara borboleta-ribeirinha (Parides burchellanus), em Brumadinho, próximo à área afetada pelo rompimento. Ela vive em populações extremamente pequenas, em áreas de dossel fechado de mata ciliar – às margens de rios e ribeirões – e está ameaçada de extinção em razão da destruição desses espaços. Mais de 100 indivíduos já foram identificados e, ao longo do tempo, espera-se uma recolonização por meio da dispersão de indivíduos provenientes das áreas adjacentes em monitoramento, para as áreas recuperadas.
Assista a um vídeo sobre a Borboleta ribeirinha e saiba mais.
Lontra
​A lontra (Lontra longicaudis) é classificada com vulnerável no estado de Minas Gerais e, por ser dependente de corpos d’água e do ambiente terrestre adjacente associado, foi selecionada como indicadora para avaliar se o rompimento influenciou a probabilidade de sua ocupação e/ou o uso do habitat ao longo do rio Paraopeba. Foram obtidos 260 registros da espécie sendo três visualizações e 257 registros indiretos (encontro de pegadas, tocas e fezes); resultado esperado visto que a lontra é uma espécie solitária e de difícil visualização. Até o momento, não houve diferença na ocorrência da espécie nos diferentes sítios amostrados. 

Os animais silvestres – como aves, cobras, cágados, gambás, entre outros – encontrados nas áreas das obras emergenciais são capturados e avaliados clinicamente. As ações de resgate e salvamento são realizadas respeitando todos os protocolos e medidas de captura e contenção, de acordo com o grupo de fauna ao qual ele pertence (herpetofauna, ornitofauna ou mastofauna). ​​​​

Todos os procedimentos tem como objetivo garantir o bem-estar e a segurança do animal, buscando sempre a melhor destinação para cada indivíduo. Se eles apresentam boas condições, são soltos imediatamente no seu habitat natural. Caso necessitem de tratamento veterinário que exija algum período de internação, são encaminhados para instalações da Vale, onde são abrigados em recintos ambientados que respeitam as especificidades da sua biologia e ecologia.​​​​

Esses animais contam com o acompanhamento de especialistas que realizam diversos procedimentos como: exames laboratoriais, alimentação balanceada e uso de enriquecimento ambiental para auxiliar na recuperação física e comportamental. Todas essas ações tem como objetivo a manutenção ou desenvolvimento de capacidades e habilidades de sobrevivência em ambiente natural, antes da reintrodução dos animais na natureza. Caso seja necessário, podem ser realizados testes e treinamentos específicos para o(s) indivíduo(s) durante o processo de reabilitação.​​

Os animais que não possuem capacidade de reabilitação ou soltura são encaminhados para uma instituição que seja capaz de manter o seu bem-estar físico e psicológico durante toda a sua vida em cativeiro, como criadouro, mantenedouro ou jardim zoológico. Todas essas ações estão em conformidade com as normas ambientais vigentes e são autorizadas pelo órgão ambiental.​​

Até fevereiro de 2024, mais de 260 animais passaram por algum processo de reabilitação física e/ou comportamental. Apesar de apenas 20 animais reabilitados terem ligação direta com o rompimento, a Vale também reabilitou animais oriundos de Centros de Triagens de Animais Silvestres e das ações de resgate e salvamento das obras emergenciais. Mais de 250 animais foram devolvidos à natureza de forma segura e capacitados à sobrevivência em ambiente natural e 13 animais foram destinados a um mantenedor de fauna.​

Monitoramento da Flora

Para avaliar se houve impacto à vegetação para além da área diretamente atingida pelo rejeito, são feitos estudos de flora botânicos que monitoram, entre outras coisas, as possíveis modificações na estrutura da vegetação e na diversidade de espécies.
 

​Nessas parcelas, são monitorados indivíduos de espécies pertencentes aos diversos estratos da floresta, tais como árvores, arbustos, ervas, epífitas e lianas. Esses indivíduos são marcados em campo, tem amostras coletadas para identificação botânica e com isso é preparado um banco de dados para as análises florísticas e fitossociológicas.

Recuperação de espécies vegetais 

A vegetação impactada está recebendo uma contribuição tecnológica para sua recuperação. Uma parceria entre a Vale e os pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), aplica uma técnica capaz de resgatar o DNA e criar cópias das plantas da região, que já vem sendo aplicada para a restauração florestal da área. 

Árvores que em condições normais poderiam levar mais de oito anos para florescer, podem iniciar esse processo entre seis e doze meses, o que vem contribuindo para acelerar a recuperação das áreas impactadas e antecipar o retorno da biodiversidade da região. O projeto inicial contou com a coleta de materiais genéticos de cinco espécies pré-selecionadas, incluindo espécies ameaçadas de extinção e protegidas por lei. 

A segunda etapa do trabalho abrange esse número para mais trinta espécies, considerando a mesma premissa de proteção das espécies de grande interesse, aqui citamos o Faveiro de Wilson (Dimorphandra wilsonii Rizzini), considerado uma espécie criticamente ameaçada de extinção e endêmica do Estado de Minas Gerais. Parte das mudas produzidas a partir do material resgatado já estão sendo reintroduzidos nas áreas de plantio florestal em Brumadinho, desde 2021.

Revegetação – Projeto Marco Zero 

Em dezembro de 2020, a Vale finalizou a primeira etapa do projeto Marco Zero, que envolveu trabalhos de restauração florestal como: coleta de sementes, produção de mudas, aclimatação e plantio nas áreas a serem recuperadas na foz do ribeirão Ferro-Carvão. Outras técnicas de restauração ecológica utilizadas foram a nucleação (que forma microhabitats propícios para atrair espécies e acelerar o processo de sucessão e diversidade local), por meio da instalação de poleiros artificiais e a transposição de solo; que também contribuirão para o processo de recuperação no médio prazo. Ao final dos trabalhos de recuperação, a área do Marco Zero contará com cerca de 4.000 mudas de espécies arbóreas nativas da região. 

Para isso, seguimos empenhados na execução de ações de monitoramento da biodiversidade local, como água, solo e animais, além da realização de atividades voltadas para a revegetação das áreas impactadas.

Temos também o compromisso de garantir água de qualidade para as populações que dependiam da captação no rio Paraopeba.
Uma pessoa, paramentada com chapéu, máscara, colete e luvas, segura em uma mão um pote de vidro com água coletada de um rio e, com a outra mão, tira uma foto do recipiente. Uma pessoa, paramentada com chapéu, máscara, colete e luvas, segura em uma mão um pote de vidro com água coletada de um rio e, com a outra mão, tira uma foto do recipiente. Fotógrafo: Arquivo Vale
Onda

Conheça nossas frentes de atuação:

Em um galho de árvore há cinco papagaios. Atrás deles, é possível ver uma grade.

Monitoramento da biodiversidade

Em uma área de vegetação, um homem de boné, máscara facial, colete e luvas, segura um peixe.

Biodiversidade aquática

Em uma área de vegetação, duas mulheres estão frente a frente conversando, uma delas segura uma prancheta nas mãos e a outra mexe em uma árvore.

Biodiversidade terrestre

Flor cor de rosa com fundo verde desfocado.

Monitoramento Botânico

Empregada Vale, usando máscara de proteção, está em meio a uma plantação. Ela está com as mãos sob uma planta, olhando atentamente.

Recuperação de espécies vegetais

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Uma senhora usa uma mangueira para regar uma horta. Em volta dela, há diversas árvores. Uma senhora usa uma mangueira para regar uma horta. Em volta dela, há diversas árvores.

Fotógrafo: Ricardo Teles

Abastecimento de água

Após o rompimento da Barragem B1, em Brumadinho, o uso da água do rio Paraopeba foi interrompido e a Vale assumiu o compromisso, junto aos órgãos públicos competentes, de garantir o abastecimento de água de todos os munícipios impactados.

Para isso, realizamos ações corretivas (voltadas para consumo animal, irrigação agrícola e consumo humano) e preventivas (para garantir a segurança hídrica e as adequações no abastecimento público).

Até agora, a Vale disponibilizou uma vazão de:

204.060.040

L/dia para abastecimento público

Volume de água mineral fornecido às comunidades

19.306.838

milhões de litros

Volume de água disponibilizado por poços perfurados

2.384.773.800

de litros

Em um total de:

3.586.476.649

litros
Dois canos dispensam grande quantidade de água em um espaço revestido de lona preta.

Fotógrafo: Arquivo Vale

Conheça as ações que estão sendo realizadas

A ação busca garantir água de qualidade para a população que vive nas localidades entre Brumadinho e o reservatório da Três Marias.
Dentre as iniciativas de ações preventivas, está a instalação de uma barreira de contenção que circunda a captação de Bela Fama, em Nova Lima. A barreira tem cerca de 3 metros de altura e 300 metros de extensão e suas obras foram concluídas em dezembro de 2019.
Estamos desenvolvendo projetos para garantir o atendimento à demanda hídrica de RMBH correspondente a 15.000 l/s.
Também faz parte do Termo de Compromisso a elaboração do projeto de adutora de água tratada com aproximadamente 30 km de extensão. Ela ligará dois reservatórios (R10-R13), aumentando a transferência entre os sistemas de água do Paraopeba e do rio das Velhas.
Também estamos desenvolvendo estudos e projetos para implantação de nova captação de água no rio das Velhas, na região de Ponte de Arame.
O escopo também inclui a captação de água no Ribeirão da Prata, que contempla a captação a fio d’água e uma adutora de 9 km de extensão até a ETA Bela Fama.

Quer mais informações sobre o calendário de abastecimento público via caminhões-pipa?
Para saber mais sobre a solicitação de fornecimento de água potável via caminhões pipa, ligue para a Central de Atendimento: 0800 031 0831.

Os dados obtidos pelos trabalhos de monitoramento são periodicamente entregues aos órgãos fiscalizadores e ao Ministério Público de Minas Gerais.

Para conhecer os resultados técnicos oficiais, conheça nossa área de transparência
Um monitor mostra uma imagem de satélite e uma pessoa observa.

Fotógrafo: xxxxx

As atividades estão sendo executadas em pleno acordo com a legislação e são acompanhadas por meio de reuniões, visitas de campo e relatórios por diversos órgãos públicos. Nenhuma ação é executada sem a autorização das instituições competentes.
Imagem de um rio com águas escuras. Ao lado, há uma densa vegetação. Imagem de um rio com águas escuras. Ao lado, há uma densa vegetação.

Fotógrafo: Ricardo Teles

Qualidade da água do rio Paraopeba

A recuperação do rio Paraopeba é um dos principais compromissos do nosso trabalho de reparação ambiental.

Desde o rompimento da Barragem B1, em Brumadinho, além do acompanhamento mensal realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), realizamos o monitoramento da qualidade das águas do rio Paraopeba e de seus afluentes. Os dados obtidos pelos trabalhos de monitoramento são periodicamente entregues aos órgãos fiscalizadores e ao Ministério Público de Minas Gerais.

Quais os resultados obtidos até hoje?

  • Desde maio de 2019, o Rio Paraopeba não recebe carreamento de rejeitos;
     
  • Os rejeitos não atingiram o rio São Francisco. Os impactos na qualidade da água foram identificados até o limite com a Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, em Pompéu (MG);
     
  • Não foram detectados impactos nas águas do reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, conforme demonstrado nos estudos dos órgãos ambientais;
     
  • Os níveis de Turbidez e dos metais totais, Manganês, Ferro e Alumínio, estão reduzindo progressivamente durante o período seco, e testes estatísticos de tendência comprovam essa melhora da qualidade das águas das regiões mais impactadas.
Um homem, de chapéu, máscara, óculos protetor, luvas e colete, está dentro de um barco com diversos galões e uma maleta com equipamentos. Um homem, de chapéu, máscara, óculos protetor, luvas e colete, está dentro de um barco com diversos galões e uma maleta com equipamentos. Fotógrafo: Arquivo Vale
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