Bingo para identificar sílabas e sons, baralho que ensina a multiplicar são alguns dos dez jogos educativos que o projeto Trilhos da Alfabetização está levando para as salas de aulas para tornar o processo de alfabetização mais divertido. O novo material didático, que aborda elementos da cultura local e animais da Amazônia, foi apresentada nesta terça-feira, dia 30, na reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em São Luís, para prefeitos e representantes das secretarias de educação de 24 municípios situados ao longo da Estrada de Ferro Carajás (EFC), incluindo a capital maranhense, Santa Inês e Açailândia.

A ação faz parte do projeto Trilhos da Alfabetização, que desde 2020 atua para apoiar a melhorar o nível de aprendizagem das crianças e garantir a alfabetização plena entre os alunos dos três primeiros anos do Ensino Fundamental de toda a rede pública dos municípios participantes. A iniciativa da Fundação Vale em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), Governo do Maranhão, Consórcio Intermodal Municipal (CIM) e prefeituras vem formando mais de 5 mil educadores, gestores e técnicos de mais de 1 mil escolas públicas e promovendo troca de experiências e a elaboração de um plano de ação escolar. Cerca de 80 mil alunos são beneficiados com o projeto.

O Trilhos da Alfabetização tem como premissa o reconhecimento da tradição e vivência dos maranhenses, valorizando músicas, histórias e palavras que estão presentes no dia a dia das crianças. “Essa proposta pedagógica entende a criança como produtora de conhecimento e de cultura, valorizando a diversidade das tradições locais” – disse Flavia Constant, diretora presidente da Fundação Vale – “Trazer a brincadeira para a sala de aula é também convidar a criança a ser protagonista de seu processo de aprendizagem de uma forma prazerosa, interativa e efetiva” – explica.

A iniciativa também elaborou e entregou 95 mil almanaques que dialogam com a cultura local e abordam entre outros temas sustentabilidade, diversidade e combate ao racismo. Além dos materiais didáticos complementares, a metodologia do Trilhos da Alfabetização tem a formação continuada de professores e coordenadores pedagógicos como peça central para melhoria da educação. Outras premissas são a mobilização e envolvimento das famílias para o sucesso da alfabetização, o fortalecimento da gestão municipal e uma cultura de acompanhamento e avaliação da aprendizagem de cada criança.

O projeto vai ao encontro da meta nacional de alfabetizar as crianças até os oito anos de idade e uma das prioridades do Ministério da Educação. O cenário ficou ainda mais desafiador após o fechamento temporário das escolas em razão da pandemia do coronavírus. Dados do Saeb 2021 (Sistema de Avaliação da Educação Básica) mostram que 34% dos alunos matriculados no 2º ano do ensino fundamental no país não sabem ler e escrever adequadamente.

Sobre a Fundação Vale
Criada há 53 anos, a Fundação Vale busca contribuir com o desenvolvimento social nos territórios onde a Vale atua, por meio do fortalecimento de políticas públicas e da atuação conjunta com instituições parceiras, somando esforços para transformar a realidade dos públicos atendidos pelos programas.
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