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3/20/23

Environment

Biofábrica de abelhas indígenas é alternativa conservação e geração de renda na Floresta Amazônica

“Fábrica” de polinizadores é uma iniciativa do Instituto Tecnológico Vale para produção e salvamento de colônias de abelhas nativas da Floresta Nacional de Carajás

As abelhas são consideradas os insetos polinizadores mais eficientes da natureza. Globalmente, as populações de abelhas vêm sofrendo declínio devido a ações como desmatamento, competição com espécies invasoras, uso de agroquímicos e mudanças climáticas. Na região Amazônica, o aquecimento global pode causar alterações na intensidade, frequência e na duração de eventos climáticos extremos. Essas mudanças podem afetar aspectos da biologia das espécies, como por exemplo, adaptações fisiológicas e capacidade de habitar determinadas áreas. Para reforçar a preservação das espécies nativas o Instituto Tecnológico Vale (ITV) criou a Biofábrica de Abelhas Indígenas de Carajás, visando aproveitar a biodiversidade local de abelhas sociais sem ferrão. A Biofábrica tem como foco a multiplicação de ninhos de abelhas nativas, aumentando a disponibilidade de colônias para criação. O objetivo é apoiar a geração de renda para as comunidades locais através do incentivo à diversificação da apicultura. No Pará, são encontradas 110 espécies de abelhas nativas entre 244 conhecidas no Brasil.

No Pará, são encontradas 110 espécies de abelhas nativas entre 244 conhecidas no Brasil.

As abelhas nativas possuem papel fundamental na produção de alimentos na região amazônica, através da polinização de plantas importantes como o açaí, o guaraná, o e a castanha do Pará. Além disso, as abelhas colaboram na polinização de diversas culturas agrícolas. O plantel de colônias indígenas é constituído por espécies locais selecionadas principalmente para a produção de mel e para polinização, além de outros produtos de interesse para geração de renda, como a própolis. As colônias estão instaladas em meliponários no BioParque Vale Amazônia e o viveiro de mudas da Vale, área com mais de 30 hectares de floresta nativa.

“O nosso objetivo central é aproveitar a biodiversidade local e perpetuá-la através da conservação. Para auxiliar na localização e identificação das colônias, elaboramos um guia para o auxílio na identificação de espécies de abelhas, intitulado “Guia Fotográfico para a identificação de abelhas sem ferrão, para resgate em áreas de supressão florestal”, contando com fotografias da entrada de colônias e operárias de 41 espécies ocorrentes na região e cursos online sobre resgate e manejo de abelhas nativas”, destaca o pesquisador Luciano Costa, do Instituto Tecnológico Vale (ITV).

O ITV também realiza pesquisas sobre a biologia e ecologia das espécies locais, como por exemplo: o quão longe as operárias voam a partir da colônia para buscar recursos, e quais plantas elas usam para produzir mel. Estas pesquisas estão disponíveis em periódicos científicos e representam importantes contribuições para melhorias na criação destas abelhas.

Abelhas Uruçu são conhecidas por serem abelhas grandes, robustas e ótimas produtoras de mel.

Geração de renda
O mel produzido pelas abelhas nativas tem valor de mercado que chega a ser dez vezes maior que o mel tradicional, a depender da variedade da espécie. No Sudeste do Pará, a extração de mel é uma atividade econômica que gera renda local para pequenos produtores em Parauapebas, Canaã, Curionópolis e outros municípios da região. Os projetos de implantação da meliponicultura nesta região são apoiados pela Fundação Vale. A meliponicultura é uma atividade sustentável, que auxilia na preservação das espécies vegetais e no equilíbrio biológico nos diferentes biomas brasileiros. A iniciativa é um exemplo de suporte que empresas podem dar às comunidades para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organizações das Nações Unidas (ONU).

Abelhas indígenas da Amazônia são as principais responsáveis pela produção de açaí
As abelhas nativas são os principais polinizadores do açaí (Euterpe oleracea). É o que afirmam estudos publicados pela Embrapa, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Os estudos mostraram que elas executam cerca de 60% do trabalho de polinização nas flores da palmeira e são mais eficientes no transporte do pólen que os outros insetos, o que impacta diretamente na cadeia produtiva do açaí. As abelhas sem ferrão chamadas de canudo (Scaptotrigona postica) iraí (Nannotrigona spp.), mosquito (Plebeia spp., Scaura spp), irapuá (Trigona branneri), olho de vidro (Trigona pallens) e as abelhas de fogo (Oxytrigona spp.) foram consideradas como polinizadores efetivos do açaí, juntamente com outras centenas de insetos.

Os estudos foram realizados em áreas naturais de ocorrência do açaí (várzea e terra firme) e em áreas com diferentes níveis de manejo até plantações do tipo monocultivo de larga escala. Ao todo, mais de 200 espécies de insetos (incluindo, besouros, moscas, formigas e outros grupos) foram coletados visitando as flores da palmeira, sendo também muito importantes para a polinização.

Link para acesso aos estudos:
https://besjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1365-2664.13086

Guia de espécies de abelhas sem ferrão nativas de Carajás
Estudos realizados por pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV), em Belém, resultaram na consolidação de um guia que reúne 41 espécies de abelhas nativas sem ferrão encontradas na Amazônia Oriental. Algumas delas são pouco conhecidas até mesmo no meio científico e pelos órgãos de controle ambiental.

Para reconhecimento em campo foi usada, inicialmente a entrada do ninho, característica para cada espécie, e a seguir uma prancha com fotografias de operárias identificadas por especialistas. Saber o nome da abelha encontrada é o primeiro passo para se obter informações na literatura e para a troca de experiências com a população local. 

“Através do guia é possível obter informações sobre a ocorrência das espécies e visualizar fotografias, o que ajuda a ampliar o conhecimento local e o contato com os interessados em meliponicultura, destaca o pesquisador do ITV Luciano Costa. O material, contou com informações da Coleção J. M. Camargo da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP/SP) e do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG).

Acesso pelo link: http://www.itv.org/publicacao/guia-fotografico-de-identificacao-de-abelhas-sem-ferrao-para-resgate-em-areas-de-supressao-florestal/

ITV oferece cursos gratuitos sobre resgate, manejo e multiplicação de abelhas sem ferrão
O Instituto Tecnológico Vale (ITV) oferece de forma gratuita cursos online sobre resgate, manejo e multiplicação de abelhas sem ferrão. As abelhas são fundamentais para a vida na Terra – já que polinizam a maioria dos vegetais consumidos pela população mundial –, e possuem papel central na geração de renda para os produtores locais de mel no Sudeste do Pará, mais precisamente em Canaã dos Carajás e Curionópolis. Cada curso tem duas horas de duração.

Acesso pelo link: https://www.itv.org/educacao/cursos/

Curiosidades sobre as abelhas. Você sabia?
As abelhas são fundamentais para a vida na Terra. Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), elas são responsáveis pela polinização (processo pelo qual as plantas com flores se reproduzem) de mais de 70 das 100 espécies de vegetais que fornecem 90% dos alimentos para um planeta habitado por sete bilhões de pessoas.

Apesar da importância das abelhas, estudos indicam que elas estão desaparecendo. Esse cenário, além de impactar a existência de mel e de flores, também pode resultar na escassez de alimentos. Maracujá, berinjela, pimentão e outras espécies vegetais, por terem flores com formas e tamanhos variados, precisam de polinizadores específicos. E a lista de frutas, vegetais e sementes que dependem das abelhas é longa: uva, limão, maçã, melão, cenoura, amêndoas e castanha-do-pará, entre outras.

 

Media Relations Office - Vale
imprensa@vale.com

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